Há espécies de morcegos que quase nunca se observam, explica ao Jornal Público, Adrià López Baucells, biólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Juntamente com Ricardo Rocha, os dois investigadores estudaram morcegos numa estação experimental na floresta da Amazónia , a cerca de 100 quilómetros de Manaus. O objetivo era comparar padrões de extinção da espécie e criar um guia de identificação.
Assim, o Guia do Campo dos Morcegos da Amazónia foi assinado pelos dois investigadores e também por Jorge Palmeirim e Cristoph Meyer, da FCUL, Paulo Brobowiec, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazónia, e Eurico Bernard, da Universidade Federal de Pernambuco, no Brasil.
O guia, que terá 168 espécies, nasceu devido à falta de informação sobre estes mamíferos voadores e conta também com uma Lista Vermelha das Espécies que avalia o grau do risco de extinção de animais, plantas e outros seres.
“Tentámos imaginar uma chave para quem nunca tinha mexido com morcegos”, sublinha Adrià López Baucells. Agora, há um guia para inverter esta situação.