Não resta um peixe ao longo de 40 quilómetros

A poluição do Tejo já causou a perda de várias espécies de peixes e vegetação. Um ecossistema ameaçado de morte, conforme explica Samuel Infante, da associação ambientalista Quercus. “Entre a barragem de Belver e Vila Velha de Ródão não resta um peixe”, exemplifica.

Um “verdadeiro desastre ambiental” é como vários especialistas classificam os efeitos da poluição no Tejo. “No troço entre a barragem de Belver e Vila Velha de Ródão, não há peixes. Restam apenas alguns lagostins, que é uma espécie resistente, mas, segundo os pescadores, até estes estão a desaparecer devido à poluição química que chega das fábricas”, diz Samuel Infante.

De acordo com o Jornal de Notícias, a par de outros fatores, como a água que já chega contaminada de Espanha, ou a poluição derivada dos pesticidas e fertilizantes utilizados na agricultura, são as descargas das fábricas que mais preocupam os ambientalistas.