O município da Maia é o primeiro do país a indexar a tarifa de pagamento da gestão de resíduos indiferenciados à sua produção. O projeto “recicle mais, pague menos” arranca este mês de maio e abrange na primeira fase 3.500 casas e perto de 10 mil pessoas, refere um comunicado.
Com este projeto pioneiro a nível nacional, a população passará a pagar o valor justo pelos resíduos que colocam no contentor do indiferenciado, o que significa que, “quanto mais reciclarem, menos pagam”, precisa a nota divulgada pelo município.
Em todo o país, quanto mais se gasta de água, mais se paga pela gestão dos resíduos. Na Maia, quanto mais se reciclar, menos se paga: “Não só o modelo tarifário é mais justo, como se incentiva a reciclagem e a utilização dos ecocentros”, lê-se no mesmo comunicado.
De acordo com o município, até ao final do ano, os cidadãos abrangidos vão conseguir perceber através de uma fatura virtual a diferença entre a fatura real, indexada ao consumo de água, e a fatura virtual que revelará o que seria pago no novo sistema. No início de 2022, o novo método de cálculo tarifário entrará efetivamente em vigor para 3500 habitações, cerca de 10 mil pessoas. Até ao final de 2023 o sistema deverá abranger toda a população.
Durante a primeira fase, que permitirá aos consumidores controlar e perceber como a sua mudança de hábitos de reciclagem pode influenciar a sua fatura de tratamento de resíduos, a Maiambiente irá destinar a instituições de solidariedade a diferença entre a tarifa efetivamente cobrada e a tarifa que resultaria do novo método de cálculo.
Na apresentação do projeto, António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, sublinhou que “o ambiente é inequivocamente uma das mais importantes marcas distintivas da Maia moderna, que ousou inovar e apostar com arrojo numa nova geração de políticas para a sustentabilidade ambiental. Prova disso mesmo é o facto da Maia se ter tornado num exemplo inspirador de boas práticas, que tem merecido o reconhecimento, mas também o interesse de municípios e instituições nacionais e internacionais que nos demandam para ver, in loco, as soluções e processos que concretizamos e temos em funcionamento para assegurar a nossa sustentabilidade ambiental”.