A Câmara Municipal de Montalegre capturou treze mil vespas asiáticas entre março e junho, após a colocação de duzentas armadilhas pelo concelho, para “defender a vida económica, cultural e ambiental”, disse esta quarta-feira à Lusa o presidente.
O autarca de Montalegre, no distrito de Vila Real, Orlando Alves, revelou que poderão “redobrar ou triplicar” os esforços, de acordo com as propostas técnicas que serão apresentadas, para a implementação de mais armadilhas e defendeu que a iniciativa deve ser “replicada” em todos os munícipio. “A vespa invade o território barrosão vindo preferencialmente da zona minhota. É onde se têm feito as maiores capturas e ficaria muito satisfeito se este projeto que temos em desenvolvimento fosse replicado em outros concelhos. É uma luta que tem de ser feita sem poupanças financeiras”, vincou.
Satisfeito com os números, mas não surpreendido pela iniciativa “pioneira” aplicada, o autarca garantiu que apesar de obrigar a um “grande investimento”, o município barrosão não “enjeitará esforços” para a defesa de um património ambiental e paisagístico e uma atividade económica “bonita” que tem de ser apoiada, a apicultura. O presidente da autarquia realçou que “esta praga é um problema para a atividade económica, ambiental e de saúde pública, e gostaria que o nosso exemplo fosse replicado em todos os município do país, principalmente naquelas zonas onde a proliferação é maior”.
Além da realização de sessões de esclarecimento, que têm sido feitas na sede do município e nas juntas de freguesia do concelho, e que vão continuar a acontecer, com “o envolvimento de todos os apicultores”, Orlando Alves adiantou que quando as temperaturas descerem e as abelhas hibernarem, irão ser “reforçadas fileiras” para a captura de ninhos. “Vamos promover as chamadas caminhadas de nariz para o ar, para encontrar os ninhos da vespa asiática que estão sempre bem dissimulados nas copas das árvores, e ajudar as equipas especializadas que irão fazer a captura”, explicou.
O município defende que é de extrema importância a difusão de informação sobre este tema, para que “cada cidadão possa ter um papel ativo na identificação e comunicação de avistamento destas vespas e dos seus ninhos”.