Entrou hoje, dia 4 de novembro, oficialmente em vigor o histórico Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, acontecimento que o Município de Loulé saúda e assinala com enorme satisfação, já que, refere em comunicado, o mesmo vai ao encontro das políticas que têm sido seguidas pela Autarquia louletana nesta matéria.
Resultante do êxito da COP 21 – Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), assinado a 12 de dezembro de 2015, o Acordo de Paris constitui o primeiro pacto universal contra as Alterações Climáticas (destina-se a substituir em 2020 o Protocolo de Quioto) e um marco para as questões de salvaguarda climática.
O Acordo de Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial “muito abaixo de 2°C até 2100”, mas “reúne esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C”, em relação aos níveis pré-industriais.
Até à data de hoje, 92 dos 197 signatários da Convenção da Nações Unidas sobre Alterações Climáticas já ratificaram o Acordo de Paris.
Por entre os objectivos deste acordo constam a descarbonização da economia mundial e a aposta na transição energética das cidades para fontes de energias mais limpas e eficientes e promover uma mobilidade mais sustentável, nomeadamente no âmbito do transporte coletivo. O caminho passa ainda pela definição e implementação de estratégias e medidas de adaptação às alterações climáticas a nível local.
Neste âmbito, o Município de Loulé aderiu em janeiro de 2015 a um projeto (ClimAdaPT.local), em conjunto com outros 25 municípios portugueses, com o objetivo de incorporar a adaptação às alterações climáticas nos seus instrumentos de planeamento e nas suas intervenções locais.
Para tal, os municípios envolvidos avançaram com a elaboração de um instrumento estratégico, nomeadamente a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC), sendo que Loulé, em particular, aprovou a sua Estratégia no dia 8 de junho de 2016, tornando-se o município pioneiro do referido conjunto de municípios.
Desta estratégia resultou a definição 28 Opções de Adaptação, que pretendem alavancar a implementação, e consequente monitorização, de ações, projetos e iniciativas práticas, algumas já em curso, relacionadas com a eficiência energética, resiliência territorial, gestão de recursos hídricos, mobilidade sustentável e educação e sensibilização ambiental, entre outras.