O Município de Esposende já apresentou o projeto E-REDES – Fomento ao uso de redes biodegradáveis como ferramenta de promoção da sustentabilidade: um estudo-piloto no Parque Natural do Litoral Norte, informa a autarquia em comunicado. A cerimónia de apresentação contou a presença da vice-presidente da Câmara Municipal de Esposende, Alexandra Roeger, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado de Planeamento José Gomes Mendes e do Embaixador da Noruega em Portugal, Anders Erdal.
No Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, o Município de Esposende deu a conhecer o projeto cujo custo global ronda os 250 mil euros, sendo comparticipado em 200 mil euros e que se desenvolve ao longo de 18 meses, tendo como parceiros a empresa municipal Esposende Ambiente, a Universidade do Minho e a Rio Neiva, Associação de Defesa do Ambiente.
Durante a apresentação do projeto, o biólogo marinho, Vasco Ferreira, explicou as oito ações que caraterizam a proposta e que vão desde a adoção de monofilamentos como base para a produção de duas mil redes que serão distribuídas pela frota artesanal local, até à reciclagem do lixo marinho, utilizado, por exemplo, em solas de sapatos.
No vídeo de apresentação do projeto E-REDES, o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, historiou o intenso trabalho que tem sido desenvolvido no município e que aponta como objetivo final “a consciencialização da comunidade para os problemas associados ao lixo marinho”.
O evento inseriu-se no concurso Small Grants Scheme#1 dos EEA Grants, projeto através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega estabelecem o objetivo de reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa. Pretende-se que os projetos selecionados no âmbito deste concurso contribuam para aumentar a aplicação dos princípios da Economia Circular, pela redução de plásticos nos Oceanos.
Além da apresentação do E-REDES, foram apresentados os outro cinco projetos financiados ao nível nacional, nomeadamente da Lipor, Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, “Há rio e mar, há lixo para transformar”; do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, “Refill_H2O”; da Business as Nature, Associação para a promoção da produção e consumo sustentável e economia circular, “Fishing the plastic”; da Associação Natureza Portugal, “Porto Santo sem lixo marinho” e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, “A arte de reduzir o plástico”.
Este projeto representa mais um passo do Município de Esposende para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em particular do ODS 14 – Proteger a Vida Marinha.