O Município de Albufeira deu início, dia 1 de fevereiro, à recolha de Biorresíduos alimentares no setor Horeca, nomeadamente nos restaurantes da zona da Guia. Assim, “para além da recolha dos Biorresíduos verdes, chegou agora a vez dos Biorresíduos alimentares”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Albufeira. Ainda durante este mês, o projeto irá estender-se à recolha nas escolas da rede pública do concelho (EB1, EB2 e EB3), iniciativa que vai ser complementada com a Campanha de Sensibilização Ambiental “Albufeira Valoriza!” dirigida a alunos, educadores e professores, bem como à restauração.
A recolha de Biorresíduos é efetuada em parceria com a empresa Luságua. Para o efeito foram distribuídos baldes de 240 litros para que os estabelecimentos de ensino possam colocar os Biorresíduos alimentares, produzidos no âmbito da confeção das refeições, nomeadamente as cascas de fruta e de legumes. No âmbito do projeto, os resíduos orgânicos são diariamente recolhidos pela Luságua para serem utilizados na fertilização dos solos, “com vista a contribuirmos para uma agricultura mais sustentável e amiga do ambiente”, refere o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, sublinhando que os resíduos são transformados em composto 100% natural”. Acrescenta, ainda, que “ao separarmos e depositarmos corretamente este tipo de resíduos estamos a contribuir para uma economia circular e para o cumprimento das metas previstas no PERSU2020 – Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos, o que em última análise ajuda na preservação do Ambiente”.
José Carlos Rolo recorda que “os Biorresíduos alimentares correspondem a cerca de 36% do total dos chamados resíduos indiferenciados. Com este tipo de separação e recolha pretendemos alcançar uma redução bastante significativa em relação ao total dos resíduos não valorizados”. O autarca informa que a ação tem por objetivos promover a valorização e reciclagem dos resíduos biodegradáveis, combater as alterações climáticas, aumentar a reciclagem multimaterial e reduzir a produção de resíduos com a valorização de uma parte bastante significativa. “Esta é apenas a primeira fase do projeto de recolha de Resíduos Orgânicos que, brevemente, será estendida a toda a população do concelho”, frisou.
Refira-se que, atualmente, cerca de 36% dos resíduos que são despejados nos contentores destinados à deposição de lixo indiferenciado são resíduos orgânicos, nomeadamente restos de alimentos sólidos que sobram das refeições, cascas de fruta, cascas e restos de legumes, cascas de ovo, restos de carne e peixe confecionados, restos de pão e bolos, guardanapos de papel, entre outros itens.
Paralelamente, o Município tem uma Campanha de Sensibilização em curso com vista a esclarecer a população sobre o tipo de resíduos que não se podem colocar nos contentores de resíduos orgânicos e que são os seguintes: beatas e cinzas, excrementos de animais, restos de medicamentos, caricas e rolhas, lâmpadas, vidros e loiças partidas, resíduos líquidos, embalagens e recipientes, plástico e metal, papéis impressos ou papel de alumínio, têxteis e fraldas.