MUBi quer “Mais Mulheres a Pedalar”
A MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta criou o projeto “Mais Mulheres a Pedalar”, que visa incluir a perspetiva de género no planeamento da mobilidade e do espaço público urbano. O objetivo é inspirar e incentivar mais mulheres a usarem a bicicleta no seu dia-a-dia.
Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, que se celebra no dia 8 de março, a associação convidou “8 mulheres para darem a conhecer as suas experiências, lutas e perceções diárias enquanto utilizadoras regulares da bicicleta como meio de deslocação”, pode ler-se num comunicado enviado pela MUBi à imprensa.
A MUBi recorda que, em 2022, também por ocasião do 8 de Março, a associação divulgou o “Mais mulheres a pedalar: manifesto por uma cidade inclusiva”, com um conjunto de reivindicações por um ambiente urbano e de mobilidade mais propício ao uso da bicicleta.
No manifesto, que se mantém atual naquilo que exige à sociedade e aos decisores políticos, a MUBi ambiciona ambientes urbanos universais e acessíveis a todas as pessoas, independentemente de género, idade, etnia, religião, nacionalidade e orientação sexual.
Ligado ao manifesto, a MUBi destaca o site “+MAP – Mais Mulheres a Pedalar”, que pretende vir a ser um espaço para criar uma comunidade em torno das questões de género. Assim, poderão ser abordadas as lacunas evidentes no que toca à utilização da bicicleta pelas mulheres.
A MUBi nota que, apesar “apesar de haver uma evolução positiva, em 2020, apenas 26% das pessoas a usar a bicicleta em Lisboa eram mulheres”, e por isso considera ser necessário derrubar preconceitos e estigmas sociais.
O “+MAP – Mais Mulheres a Pedalar” está integrado na plataforma Cidade Ciclável, que a MUBi está a melhorar para ficar mais completa e incluir novas funcionalidades, à luz das necessidades específicas das mulheres e grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, pessoas com mobilidade reduzida e pessoas LGBTI).
Com o Cidade Ciclável – Mais Mulheres a Pedalar, a MUBi pretende alcançar uma maior justiça social e de género na utilização da bicicleta, possibilitando o registo de ocorrências de assédio rodoviário e zonas de perigo, ajudando os utilizadores da bicicleta a tomar decisões mais seguras, bem como ajudar os decisores políticos a identificarem possíveis áreas problemáticas.
“O conjunto de conteúdos do Cidade Ciclável será substancialmente melhorado, numa lógica de co-construção, decisões informadas e participadas”, refere a MUBi, explicando que contribuirá assim “para criar um ecossistema de mobilidade mais acessível e inclusivo”.