Movimento pela justiça climática anuncia greve para março
O oitavo Encontro Nacional pela Justiça Climática realizou-se pela primeira vez fora de Lisboa, tendo lugar em Coimbra, e colocou em cima da mesa as próximas ações, depois de na mesma semana o secretário-geral da ONU ter afirmado que “precisamos de disrupção para parar a destruição”.
O movimento juntou mais de 300 pessoas e dezenas de organizações, entre 10 e 11 de fevereiro, e assentou as prioridades pela luta contra a crise climática, especialmente o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e 100% de eletricidade renovável e acessível a todas as famílias até 2025.
A 3 de março é convocada a greve climática global, a partir da Alameda, em Lisboa, às 10 horas, e em abril estão programadas ocupações pelo fim dos combustíveis fósseis, com a promessa de tomar conta do dobro das escolas, levando a luta para fora da capital.
Ainda em março, dia 25, será feita uma manifestação contra as hidráulicas no rio Tejo, e em maio, dia 13, as pessoas são chamadas à ação de massas no Terminal de Gás, em Sines, com o objetivo de travar o funcionamento da entrada principal de gás fóssil no país.
No mês de abril será também iniciada a primeira ação judicial do Último Recurso contra o Estado português pelo incumprimento da defesa da Lei de Bases do Clima.
“As crises em que vivemos não podem ser normalizadas”, afirma Carolina Falcato, do Climáximo, “precisamos de encontrar a coragem dentro do susto para as combater, mas apenas o podemos fazer em conjunto. Todas as pessoas precisam de se mobilizar e participar em ações que criem ‘disrupção para parar a destruição’ climática”.