Moedas defende “ligação mais forte entre os dinheiros europeus e as cidades” para soluções sustentáveis
Nesta terça-feira, Carlos Moedas falou como está a correr evolução de Lisboa em matéria de sustentabilidade, em prol da talk “Estão as smart cities a crescer ao ritmo necessário?”, no European Packaging Waste Meeting, organizado pela Sociedade Ponto Verde, no Centro Cultural de Belém.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa elogiou os progressos que tem feito no seu mandato, mas garantiu que estes se devem à consciência ambiental que a União Europeia e as instituições europeias têm trazido ao longo dos últimos anos ao nosso país: “vim para presidente e concorremos para ser uma das 100 cidades que vai ser neutra em carbono em 2030”, exemplificou, a par de outras medidas como os transportes públicos gratuitos para os mais novos e para os mais velhos, que “não foi feita para ser uma medida social”, mas sim para promover uma mobilidade mais sustentável. E porque não grátis para todos? Ora, Moedas aponta a falta de dinheiro.
Entre outras boas iniciativas, na sua visão, está a revisão da fatura da água potável da câmara municipal, no valor de quatro milhões de euros, que usava 75% desta água para lavar ruas e regar jardins, algo “completamente ilógico”. Daí surgiu a ideia de, com a vinda do Papa à JMJ, o Parque Tejo ser regado com água que não é potável. Nesta matéria, o autarca ainda destacou a recente “obra absolutamente extraordinária” dos tubos de drenagem no município, um investimento de 160 milhões de euros, que dará resposta à problemática das cheias.
Também no sentido de transformação da cidade para ser cada vez mais verde, foi apontada a plantação de mais 36 mil árvores e arbustos em 2022.
E para Carlos Moedas, “as cidades é que vão produzir as soluções, não são os países em si”, e por isso defende uma “ligação mais forte entre os dinheiros europeus e as cidades” para estas medidas de transformação sustentável.
Em outro ponto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa concordou com o aumento da taxa turística, como forma de contributo para pagar a limpeza de lixo, pois há zonas da cidade onde a sobrecarga de lixo é muito grande, e, por conseguinte, “o turismo pode pagar mais medidas de sustentabilidade e mais cultura”.