O Instituto de Fomento de Caju de Moçambique (Incaju) está a iniciar um inquérito especial ao setor em vários pontos do país com vista à definição de estratégias de produção, anunciou a instituição, segundo avança a Lusa. Este é o segundo inquérito para recolha de dados e informação estatística depois de um outro realizado em 1997 pelo Banco Mundial e acontece numa altura em que a produção está em crescimento.
A colheita que decorreu entre outubro de 2016 e abril deste ano chegou às 137 mil toneladas de caju produzido e registado pelo Incaju, valor que supera os resultados obtidos nos últimos 30 anos. Estes valores dizem respeito à produção declarada, ou seja, não incluem a totalidade da produção do país que se calcula seja muito maior.
As autoridades estimam que metade da castanha de caju produzida em Moçambique esteja fora do mercado formal. A campanha do caju em Moçambique começa em outubro e termina em abril.
O novo inquérito ao setor vai contar com uma cerimónia oficial de lançamento, que aguarda marcação, a realizar na província de Gaza, anunciou o Incaju. Acesso a produtos e tecnologia, assistência técnica, produtividade dos cajueiros, volume de produção e comercialização e ainda o papel do caju na renda das famílias rurais vão ser alguns dos dados a recolher.