A Galp informou que o consórcio para o desenvolvimento da Área 4 em Moçambique tomou ontem a decisão final de investimento (FID) relativa ao projeto FLNG Coral Sul, em Moçambique.
De acordo com a empresa, o investimento total para o desenvolvimento é de 7 mil milhões de dólares, sendo que o início da produção é esperado em 2022.
A unidade flutuante de liquefação de gás natural (FLNG) terá uma capacidade de c.3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) e será alocada à parte sul da descoberta Coral, a qual está exclusivamente localizada na Área 4.
O consórcio assinou também o contrato de Engenharia, Aprovisionamento, Construção, Instalação e Comissionamento (EPCIC) para a unidade FLNG com o consórcio TJS (Technip, JGC, Samsung). Adicionalmente, o consórcio adjudicou os contratos relativos ao upstream, nomeadamente para a sonda de perfuração, para sistemas de produção subsea e umbilicais.
O consórcio para a Área 4 assegurou ainda o financiamento do projeto no montante de cinco mil milhões de dólares, com um sindicato de ECAs (export credit agencies) e instituições financeiras internacionais.
Em outubro de 2016, o consórcio assinou um acordo com a BP para a venda do total de volumes produzidos através da unidade FLNG em Coral Sul, por um período de 20 anos.
“A aprovação do projeto Coral Sul representa um importante marco para a Galp, no âmbito do objetivo estratégico de reduzir a intensidade carbónica do seu portefólio, bem como marca o primeiro passo de um plano de desenvolvimento mais abrangente da Área 4. Estima-se que as descobertas realizadas nesta área contenham c.85 Tcf de gás no jazigo (GIIP), incluindo a relevante descoberta de Mamba. Devido à dimensão e qualidade dos recursos, à sua localização e às potenciais economias de escala, é esperado que a bacia do Rovuma venha a desempenhar um papel fundamental na indústria do gás natural em Moçambique”.
A Eni East Africa (EEA) detém uma participação de 70% na Área 4, enquanto a Galp, a ENH e a Kogas detêm 10% cada. Uma vez concluída a transação entre a EEA e a ExxonMobil, os interesses participativos na Área 4 são esperados em 25% para a Eni e para a ExxonMobil, 20% para a CNPC, enquanto a Galp, a ENH e a Kogas continuarão a deter 10% cada.