Após ter sido concluído com sucesso o procedimento de avaliação de impacte ambiental, foram criadas as condições para o lançamento do concurso público internacional, presidido pela ministra do Mar, que ocorreu no passado dia 2 de agosto. O projeto foi estimado em cerca de 25,3 milhões de euros.
O projeto visa adaptar o acesso marítimo à evolução qualitativa e quantitativa dos navios e às exigências requeridas em termos de segurança e desempenho operacional. Consiste num conjunto de dragagens de primeiro estabelecimento para aprofundamento nos canais de navegação de modo a permitir a entrada de navios de maiores dimensões e com maior calado, passando a oferecer os seguintes acessos marítimos permanentes: -15,0m (ZH) no Canal da Barra, sendo atualmente de -12,8m (ZH) e 13,5m (ZH) no Canal Norte, sendo atualmente de -11,8m (ZH)
Para além do aprofundamento, o projeto inclui o alargamento do canal de acesso, permitindo o cruzamento de navios, e a criação de uma nova bacia de manobra, implicando um volume total de dragagem de 3,5 milhões de metros cúbicos de areia.
A “Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária 2016-2026”, foi apresentada em Setúbal em novembro de 2016 pelo Ana Paula Vitorino, tendo então sublinhado que o projeto de melhoria dos acessos marítimos ao Porto de Setúbal é estratégico para o desenvolvimento deste porto e essencial para a sua inserção na rede core dos portos da União Europeia.
Ultrapassar as restrições de navegabilidade atualmente existentes no porto de Setúbal é uma ambição e um projeto já anteriormente tentado mas que só agora tem todas as condições técnicas, financeiras, ambientais e políticas para ser concretizado, colocando o porto de Setúbal num lugar cimeiro do Sistema Portuário Nacional.