O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia não acredita na saída dos municípios do Porto, Gaia e Matosinhos da Águas do Norte e na criação de um sistema autónomo de captação e de tratamento de água no rio Douro. Ao JN, o Ministério liderado por Jorge Moreira da Silva defende que este projeto, anunciado na semana passada pelos autarcas, vai contra a lei e contra o “movimento de solidariedade regional visado pela reestruturação do setor das águas”.
Foi na terça-feira passada que, em conferência de imprensa, os autarcas da chamada Frente Atlântica, manifestaram a intenção de criar um sistema alternativo à Águas do Norte e que, disseram, seria autossustentável e mais económico para as autarquias.
Segundo o Ministério, a saída dos três municípios da Águas do Norte originaria “um enorme e inaceitável aumento das tarifas nas autarquias do interior, contrário ao principio fundamental de aumento da coesão territorial no país, que esteve na base da reforma promovida pelo Governo”.