As oito testemunhas, ontem ouvidas no Tribunal Cível de Braga, no julgamento de uma ação popular contra a empresa Hidrocentrais Reunidas, foram unânimes na tese de que a mini-hídrica, no rio Cávado, em Ruães, viola as regras ambientais e afeta a qualidade de vida da zona, noticia o Jornal de Notícias.
Já a defesa, através da advogada Inês Sotto Mayor, contrapõe que a firma que explora a central elétrica “cumpre as condições do alvará, as regras ambientais e tem cooperado, financeiramente, com a freguesia na melhoria das margens”.
As testemunhas, entre as quais dois membros da Quercus e do partido “Os Verdes”, falaram em caudal abaixo do previsto – 3 m3 por segundo – inundações das margens e de campos agrícolas por causa da colocação de pranchões de madeira para retenção da água e mau funcionamento do sistema de passagem de peixe. Queixam-se, ainda, de que “a firma proibiu a passagem de pessoas pelo paredão da represa, entre a margem direita, em Cabanelas, Vila Verde, e a de Braga, um hábito muito antigo que consideram ser um direito”. Já a jurista, disse que a firma electroprodutora, “cumpre escrupulosamente o contrato de alvará, quer no que toca ao pagamento de impostos, quer quanto aos requisitos obrigatórios de exploração” tendo construído em 2012 um novo sistema para migração de peixes”.