Na Semana em que se assinala a Mobilidade na Europa, o Metro de Lisboa acaba de partilhar algumas das medidas e projetos que visam a redução progressiva dos consumos de água, energia e emissões de CO2, bem como uma gestão racional desses mesmos recursos.
A título de exemplo e, com vista à racionalização e redução do consumo de energia na rede, a empresa tem em curso um plano de alteração e substituição da iluminação existente na estações por tecnologia LED, cujo baixo consumo, durabilidade e período de vida útil permite reduzir o consumo. Atualmente, “25 das nossas 56 estações estão totalmente remodeladas e o Metropolitano de Lisboa irá equipar gradualmente todas as estações da rede com tecnologia LED, dando assim mais um passo no caminho da sustentabilidade”, pode ler-se num comunicado.
Em 2024, está previsto colocar em serviço uma “central fotovoltaica no Parque de Material e Oficinas das Calvanas, com capacidade para produzir 2 MW de energia por ano”, uma medida que permitirá “reduzir a dependência dos fornecedores de energia em 5%”, adianta o Metropolitano de Lisboa.
No âmbito deste compromisso, a empresa tem conseguido alcançar os seus objetivos relativamente à redução de consumos. No final de 2021, comparativamente com o ano de referência 2010, o Metropolitano de Lisboa tinha já atingido:
- Redução de 22% no consumo de eletricidade;
- Redução de 39% no consumo de gás;
- Redução de 49% no consumo de água;
- Redução de 69% em emissão de CO2
- Redução de 69% no consumo de papel;
- Erradicação do uso de plástico de uso único nos refeitórios e bares;
- Promoção da economia circular e redução dos resíduos enviados para aterro;
- Certificação do Sistema de Gestão Ambiental pela norma 14001:2015.
Adicionalmente, o Metro tem vindo a desenvolver um conjunto de práticas sustentáveis através da implementação do Plano Integrado de Sustentabilidade Ambiental – PISA 2030, onde consolida a sua contribuição para a descarbonização da economia e para a melhoria da mobilidade em toda a Área Metropolitana de Lisboa, com efeitos na redução do congestionamento e na sinistralidade, e no aumento da qualidade de vida.
Também o Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa, atualmente em curso, constitui um importante contributo para a mobilidade sustentável. “A linha circular reorganizará a mobilidade metropolitana com um efetivo aumento do número de utilizadores do transporte público e uma diminuição de utilização de transporte individual, com ganhos ambientais significativos”, lê-se no mesmo comunicado. Com um impacto estimado da procura, no primeiro ano, de “9 milhões de novos passageiros na linha Circular e de 5,3% em toda a rede”, este novo anel no centro da cidade vai “retirar da superfície 2,6 milhões de veículos de transporte individual por ano e reduzir 4,2 toneladas de CO2”, assegura a empresa.
O prolongamento da linha Vermelha entre São Sebastião a Alcântara contribuirá, ainda, com um “acréscimo de 11 milhões de passageiros à rede do Metropolitano de Lisboa e uma redução de 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente na cidade”. Esta nova extensão permitirá, de acordo com a empresa, uma redução de “6,2 mil toneladas de CO2 no primeiro ano de operação”.