A criação de um mercado único de energia na União Europeia, com regras e objetivos comuns para os vários países, é atualmente uma das dez prioridades políticas de Bruxelas, refere o jornal Expresso.
Um dos mais fortes argumentos na defesa desse desígnio é a convicção de que a criação desse mercado único permitirá eliminar fronteiras na transmissão de enrgia, facilitar a entrada de novos operadores em mais países, fomentar a concorrência, e assim, induzir condições comerciais que aliviarão a fatura paga pelo consumidor.
Ainda que a tese, seja aparentemente uma solução com ganhos para todos, o tema tem enfrentado significativa resistência por parte de alguns países, bloqueando o plano da Comissão Europeia para a união energética.
O mercado comum integra uma estratégia de transição energética que tem entre os seus promotores a Alemanha, recolhendo apoio de países, como Portugal. Essa transição traduz-se num forte apoio à descarbonização da economia, associada à aposta em fontes renováveis de energia. O que gera desconforto em países como a Polónia, cuja matriz energética está largamente dependente do carvão e do seu baixo custo.