Matos Fernandes: “O nosso futuro, com o ambiente no centro da ação, é um momento de afirmação”
O Ministério do Ambiente e da Ação Climática e o Ministério dos Negócios Estrangeiros lançaram esta sexta-feira uma brochura informativa sobre o Acordo de Paris quando passam cinco anos sobre a assinatura deste protocolo global.
Da brochura dedicada ao Acordo destacam-se os textos do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva e do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
No texto, o ministro do Ambiente destaca que “com o Acordo de Paris e a evidência científica da urgência da ação climática, estabelecemos uma nova ambição, assumida, no ano seguinte, na COP de Marraquexe, pelo primeiro-ministro de Portugal: fomos o primeiro país a assumir o desígnio da neutralidade carbónica até 2050, ambição em que fomos seguidos por muitos outros. Hoje, parece banal o que, em 2016, foi disruptivo”.
Matos Fernandes defende ainda que, o “nosso futuro, com o ambiente no centro da ação, é um momento de afirmação. De afirmação de uma tese, a nossa, de que a política ambiental é uma política ativa, que defende os valores ambientais ao erigir um modelo económico sustentável, nele abarcando formas de produzir, de consumir e de proteger recursos. Uma política que recusa o “Não” como princípio cautelar, mas que também não aceita claudicar a interesses de um modelo económico predador e, por isso, sem futuro”.
Por seu turno, Augusto Santos Silva nota que “a conclusão do Acordo e a subsequente ratificação rápida e generalizada (para o que é habitual em grandes convenções internacionais) representaram, em si mesmas, um sucesso diplomático. O papel da França, do seu presidente François Hollande, do seu ministro dos Negócios Estrangeiros Laurent Fabius e da sua diplomacia não deve ser ignorado, porque foi mesmo determinante”.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro disse também que “o Acordo beneficiou muito do empenhamento das Nações Unidas, no mandato do Secretário-Geral Ban Ki-Moon. Com o início de funções, em janeiro de 2017, do novo Secretário-Geral, António Guterres, este empenhamento tornou-se ainda maior. Guterres tem feito, a justo título, da luta contra as alterações climáticas a causa principal da sua ação. Tem alertado as nações, tem incentivado a sociedade civil e a opinião pública mundial, tem advogado políticas públicas e tem colocado, incansavelmente, na ordem do dia das organizações multilaterais, a questão da sobrevivência do Planeta”.
Da brochura faz parte, ainda, uma infografia que sintetiza os progressos alcançados, em território nacional, nos últimos cinco anos, e relembra as metas ambiciosas do País para atingir a neutralidade carbónica.