Matos Fernandes diz que este “é o tempo da biodiversidade”
A Semana Verde Europeia arrancou esta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A capital portuguesa, que é a Capital Verde Europeia 2020, recebe vários investigadores para debater “Um Novo Começo para as Pessoas e a Natureza”. O evento pode ser acompanhado em streaming.
A sessão de abertura contou com a intervenção do ministro português do Ambiente e da Ação Climática. Num discurso feito por videoconferência, João Pedro Matos Fernandes defendeu que este “é o tempo da biodiversidade”. Apelando à ação nos próximos tempos, o ministro considerou que o tempo não pode ser apenas “de palavras”: “As coisas têm de mudar”, afirma.
E qual o caminho? Matos Fernandes considera que é necessário “fazer pela biodiversidade o mesmo que fizemos pelas alterações climáticas” e sublinha o papel do país nesta matéria: “Portugal é famoso pelo que fez e faz na redução das emissões e nas energias renováveis”, afirma, sublinhando a informação, conhecida este fim de semana, de que Portugal “é o primeiro país do mundo” na produção de energia através de fontes renováveis.
João Pedro Matos Fernandes debruçou-se também sobre o tema das florestas. Enquadrando a questão no objetivo europeu de redução das emissões de gases de efeito estufa “para metade”, o ministro diz que “devemos prestar atenção” ao recurso natural: “As florestas são muito mais do que árvores”, sustenta. No entanto, o caminho é difícil no nosso país pois 84% da floresta “é propriedade privada”.
Num momento em que o mundo está a atravessar uma grave crise económica derivada à pandemia de Covid-19, o ministro realça que a “sustentabilidade ambiental” deve fazer parte do processo de recuperação: “Esta recuperação inclui eletrificação mas também biodiversidade”, sublinha, indicando que esta característica “já está incluída no nosso plano de recuperação”.
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