Máscaras de proteção e luvas foram encontradas em sete grandes rios europeus em junho, divulgou ontem uma porta-voz da Fundação Tara, citada pela Lusa, alertando para o perigo desta poluição plástica associada à crise da Covid-19.
“Os cientistas dos laboratórios parceiros de Tara” encontraram constantemente máscaras e luvas” nas margens e nas praias de sete rios europeus, durante recolhas de amostras efetuadas em junho, disse Romy Hentinger, chefe da cooperação internacional da fundação, à rádio francesa France Inter. “É preocupante para o futuro” porque se pode “deduzir que outras já chegaram ao mar”, acrescentou a porta-voz, sublinhado que as máscaras de proteção de uso único, feitas de polipropileno e “muito finas”, “irão fragmentar-se rapidamente”.
Os rios em causa estão entre os nove maiores europeus explorados em 2019 pelos cientistas, no âmbito de uma missão relacionada com microplásticos: Tamisa, Elba, Reno, Sena, Ebro, Ródano, Tibre, Garonne e Loire. “Estamos à espera dos resultados finais destes cientistas, que estão em vias de completar o estudo destes rios”, acrescentou Romy Hentinger.
A expedição realizada entre maio e novembro de 2019 detetou a presença de microplásticos em 100% das amostras de água, revelando que já estão presentes nos rios e que “não se degradam no mar, sob a influência dos raios UV e do sal”, como se pensava, explicou Martin Hertau, capitão daquele laboratório flutuante.