O Presidente do Comité das Regiões Europeu, Markku Markkula, congratulou-se com a declaração do Comissário Maroš Šefčovič de que “as regiões e os municípios são indispensáveis à transição energética da União Europeia”. No debate “União da Energia”, realizado ontem em Bruxelas, defendeu-se a ideia de que a “central da transição energética é a descentralização da produção” e que a única forma de concretizar a transição energética é “através da colaboração com os órgãos de poder local”.
“União da Energia” dá nome, também, a um projecto no qual se pretende dar mais atenção à capacitação dos consumidores e aos pequenos projectos de energia renovável desenvolvidos a nível local com vista a reduzir as facturas de energia e a criar uma União da Energia. Pascal Mangin, do Conselho Regional da Alsácia, apresentará este parecer, para adopção, na reunião plenária do Comité das Regiões Europeu de Outubro deste ano.
O debate contou, ainda, com a participação de vários membros do Comité, que manifestaram o seu apoio aos objetivos da União da Energia mas também solicitaram ao Comissário Maroš Šefčovič que definisse formas de garantir que as regiões e os municípios são envolvidos na criação da União da Energia.
“Só é possível reduzir a dependência das importações de energia, reforçar os serviços internos e lutar contra a pobreza energética tendo em consideração a dimensão territorial da União da Energia”, lia-se em comunicado da União Europeia.
Markku Markkula afirmou que “todos nós queremos a segurança e a eficiência energética” e “estamos todos empenhados em reduzir a nossa dependência face às importações de energia, estimulando a inovação e criando uma Europa com baixas emissões de carbono”. A Comissão Europeia reconhece que a criação da União da Energia precisa das regiões e dos municípios, mas a questão está em saber como envolvê-los.