No ano de 2019, o Mercado Abastecedor de Lisboa (MARL) tem prevista a criação de um “ponto verde” que revolucione o sistema de recolha e tratamento de resíduos orgânicos e inorgânicos que chegam todos os dias a este mercado. O anúncio foi feito pelo CEO do Grupo SIMAB, Rui Paulo Figueiredo, aquando das comemorações do primeiro ano de trabalho da incubadora “Loures Inova”.
Metade das pessoas que frequentam o MARL, quer seja para comprar ou trabalhar, levam resíduos de todo o tipo. Este foi o ponto de partida que o CEO do Grupo SIMAB utilizou para anunciar a criação de um “ponto verde” neste mercado, a partir de 2019, que revolucione o sistema de recolha e tratamento de resíduos orgânicos e inorgânicos que chegam todos os dias ao MARL. Para o Presidente do Conselho de Administração do MARL, é imperativo “mudar todo o funcionamento interno”, afirmando ainda que, dos “50% que assumem que violam os regulamentos”, este número pode “ser na realidade da ordem dos 70 a 80%”.
O anúncio foi realizado durante o debate “A Redução dos Plásticos no Ciclo Agroalimentar”, que assinalou o primeiro ano de trabalho da incubadora “Loures Inova”. “Estivemos a fazer “benchmarking” internacional na Austrália e em Barcelona e temos várias empresas internacionais para nos ajudarem a abordar esta questão; queremos criar aqui um “ponto verde”, com esta ou outra designação; queremos acabar com a importação de resíduos de fora para dentro do Mercado; queremos fazer a separação seletiva de resíduos pavilhão a pavilhão; queremos melhorar substancialmente a limpeza; queremos criar cá dentro instrumentos que nos permitam fazer a gestão eficiente dos resíduos aqui produzidos”, garantiu Rui Paulo Figueiredo.
O CEO do Grupo SIMAB afirmou que, mais do que pensar a questão do plástico, no MARL é ainda necessário resolver o problema da recolha e gestão de resíduos indiferenciados.
“Temos de mudar todo o funcionamento interno; os estudos que temos dizem-nos, por exemplo, que 50% das pessoas que vêm a este Mercado, para comprar ou aqui trabalhar, trazem para cá resíduos de todo o tipo; ora, se 50% assumem que violam os regulamentos, acreditamos que esse número possa ser na realidade da ordem dos 70 a 80%; como concordarão, isto tem de acabar”, enfatizou.
Ainda neste contexto, Rui Paulo Figueiredo desafiou todos os presentes na sessão da “Loures Inova” a fazerem chegar propostas para aumentar a sustentabilidade do MARL, potenciar a economia circular, e reduzir a sua despesa operacional.
Nesta sessão comemorativa esteve presente a secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, que sublinhou as virtudes do “GovTech”, uma iniciativa do Governo que tem como objetivo premiar e apoiar produtos e serviços inovadores, criados por “startups”, que se enquadrem num dos 17 “Sustainable Development Goals” (SDG) das Nações Unidas, numa resposta nacional aos desafios que se colocam por cá e no mundo.