A historiadora, escritora e ex-jornalista, Manuela Gonzaga, vai candidatar-se à Presidência da República com o apoio do Partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
Após vários anos de activismo e com um envolvimento político e social vincado pela luta por causas humanitárias, direitos dos animais e da natureza, e por um Portugal “mais livre e esclarecido”, a ideia de candidatar-se à mais alta magistratura do país surgiu em Maio de 2015 “por imperativos de cidadania”. “Foi em Maio de 2015 que comecei a interiorizar a candidatura à mais alta magistratura de Portugal, que, e por imperativos de cidadania, agora torno pública, considerando que faz todo o sentido erguer a minha voz não-alinhada para dar voz aos que já não a têm ou nunca a tiveram. E a quem já nem resta o alívio de um grito de revolta”, explica a ex-jornalista no manifesto que será apresentado no âmbito da apresentação pública da sua candidatura. Sublinhando que este passo não foi tomado de “ânimo leve”, Manuela Gonzaga afirma no mesmo documento: “Faço-o, consciente de ser mais uma a somar-se às inúmeras vozes que denunciam, em Portugal e por todo o mundo, a brutal ditadura económica, sem rosto, sem precedentes nem limites, que tem vindo massificar os quotidianos da Humanidade, e, de uma forma galopante, a asfixiar a vida de todos. Pessoas, Animais, Natureza”.
Um posicionamento ao qual o PAN não ficou alheio, tendo-se disponibilizado para acolher e apoiar a caminhada de Manuela Gonzaga até Belém, em 2016. Para a historiadora e escritora, a decisão de associar a sua candidatura ao Partido Pessoas-Animais-Natureza “prende-se com a necessidade de defender novas formas de estar na política”. Para “problemas novos”, Manuela defende “respostas novas, como a promoção de um novo modelo económico e social baseado na gestão inteligente, justa e equilibrada dos recursos terrestres e a necessidade de que alguém assuma, verdadeiramente, um cargo de Provedor dos Cidadãos”.
A formalização da intenção de Manuela Gonzaga acontece no próximo dia 10 de Agosto, às 18h30, na Universidade Nova de Lisboa, na presença do mandatário Nacional, João Paulo Costa, director do Centro de História d’Aquém e d’Além Mar, e das mandatárias de honra, a gestora financeira Sofia Magalhães e a escritora Isabel Valadão.