Está convocada para hoje, segunda-feira, às 19h00, a manifestação “Em Chamas“, que vai sair da rotunda do Marquês de Pombal em Lisboa, até ao Largo do Rato, para uma concentração e assembleia aberta à frente da sede do Partido Socialista (PS). Inspirado por uma das faixas nas mobilizações de coletes amarelos na França, foi escolhido como lema a frase “Fim do mês, fim do mundo: a mesma luta”, lê-se num comunicado de imprensa.
A manifestação reivindica “um decrescimento da aviação, uma transição justa, e mais investimento na ferrovia”, afirma Inês Teles, porta-voz da manifestação “Em Chamas”. As organizações sublinham especialmente que a gestão da crise sanitária “fragilizou ainda mais os trabalhadores no setor a custo dos resgates às empresas, e que uma transição justa (não só como resultado final mas também como um processo) deve garantir melhorar a vida de quem trabalha”. Neste sentido, definem este protesto como “um ato de solidariedade para com os trabalhadores”, acrescenta.
De acordo com a porta-voz, “o colapso da aviação civil por causa da Covid-19 cria uma oportunidade única para uma transição justa no setor”, destacando que “o Governo e as empresas aéreas continuam a insistir numa voltar à normalidade, quando a normalidade já era um problema, porque estávamos e estamos ainda mais a caminho do caos climático”.
O papel do Governo, liderado pelo PS, é assim criticado por “estar proativamente a contornar o cancelamento do novo aeroporto no Montijo, ignorando a vontade das populações expressa tanto através da consulta pública à avaliação de impacto ambiental como também pelo direito de veto exercido pelas Câmaras Municipais das zonas afectadas pelo aeroporto”.
A manifestação contra a aviação e em solidariedade com trabalhadores do setor é realizado pelo grupo Climáximo, Greve Climática Estudantil, em parceira com outras organizações