Da 11ª Convenção pela Conservação das Espécies Migratórias, que decorreu até Domingo, em Quito, no Equador, saiu uma lista, aprovada pelos 700 representantes de 120 países ali presentes, das 31 espécies migratórias ameaçadas a nível mundial. A adesão ao encontro internacional foi considerada histórica. Entre os animais, cuja existência deve ser protegida, está o urso polar, com uma população estimada entre 20 mil e 25 mil espécimes, a abetarda – uma ave presente na Europa e China -, a raia, o tubarão-martelo, a baleia-bicuda-de-cuvier e o peixe-espada. Além disto, os presentes aprovaram a erradicação da prática de cortar as barbatanas de tubarão, libertando-os depois no mar "para morrer". A barbatana de tubarão é uma iguaria gastronómica em muitos países, nomeadamente asiáticos. Os países representados, que assinaram a lista, terão de aprovar leis e integrar acordos que assegurem a conservação dos animais que integram a lista. A lista demonstra, por um lado, progresso nos esforços de conservação, mas, por outro, que cada vez mais espécies estão a aproximar-se da extinção. "Como nunca na história da nossa convenção, a perda destes animais migratórios tornaram-se verdadeiros alertas globais para alguns problemas do nosso tempo, como o plástico e a poluição nos oceanos, o efeito de estufa, a sobreexploração de recursos. Estas ameaças que estes animais agora enfrentam acabaram por nos afectar a todos", disse Bradnee Chambers, o secretário-geral da Convenção ao Think Progress.
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