Mais de 70 toneladas de embalagens de plástico, papel, cartão e vidro foram enviadas para reciclagem na sequência de ações neste verão em praias e em festivais, segundo um balanço da Sociedade Ponto Verde (SPV) feito à Lusa.
A SPV, que organiza e gere a retoma e valorização de resíduos de embalagens, em conjunto com os sistemas de gestão de resíduos da EGF (empresa de tratamento e valorização de resíduos), estiveram em festivais de verão de norte a sul e ainda em praias, enchendo 650 mochilas de resíduos e fazendo ao mesmo tempo centenas de ações de sensibilização.
De acordo com Teresa Cortes, gestora de Marketing e Comunicação da SPV, a iniciativa já começou no ano passado mas este ano esteve em mais festivais e em mais praias, tendo batido recordes de recolha de resíduos.
“Tudo isto é novo e faz parte do reforço de reciclagem fora de casa, porque a reciclagem está muito associada à separação dentro de casa”, disse a responsável em declarações à Lusa, salientando que nos eventos musicais se produzem “grandes quantidades de resíduos”.
Nas palavras de Teresa Cortes “a mensagem é trazer os bons hábitos de dentro de casa para fora de casa” e o objetivo foi facilitar esses hábitos fora de casa e ao mesmo tempo sensibilizar as pessoas.
Essa parte ficou a cargo das brigadas de “mochileiros” que andaram este ano de festival em festival, de praia em praia, a encher as mochilas de resíduos e a falar com as pessoas, nomeadamente os mais jovens, sobre a necessidade de se reciclar.
E os jovens, disse Teresa Cortes, “não são necessariamente os mais sensíveis” a estas matérias. “Os jovens fora de casa não estão atentos a estas questões”, mas como os “mochileiros” também são jovens a interação tem sido positiva, disse. Além dos jovens que recolhem e sensibilizam também foram colocados equipamentos de recolha seletiva nos eventos, de forma a ser fácil a separação.
Foi assim no Rock in Rio deste ano em Lisboa, mas também em vários outros festivais de música, do NOS Alive ao festival de Vilar de Mouros, do Sol da Caparica ao Marés Vivas. E depois noutros também como nas festas de Silves, do Crato, de Esposende ou de Guimarães, do Seixal ou de Meda. E nas praias de Caminha ou da Costa da Caparica.
Até ao fim do ano os “mochileiros” e os ecopontos ainda marcarão presença em algumas iniciativas, estando já prometida a continuação da iniciativa no próximo ano, disse Teresa Cortes à Lusa. “No próximo ano o objetivo é continuar a reforçar a reciclagem, a abordar as pessoas que estão a consumir embalagens e sensibilizá-las, a usar os ecopontos móveis (mochilas), a estar nos eventos”, assegurou.