Mais de 25 organizações convocam marcha pela Justiça Climática em Lisboa no próximo domingo
Seguindo a convocatória da coligação internacional dos movimentos COP26 Coalition, vai realizar-se uma marcha em Lisboa no dia 7 de novembro, domingo, às 15h00, do Martim Moniz até à Alameda, organizada pela plataforma Salvar o Clima.
No momento em que decorre, em Glasgow, a COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas), muitas são as expectativas em relação aos compromissos assumidos. “As decisões tomadas na COP26 vão moldar a forma como os governos respondem – ou não – à crise climática. Vão decidir quem é sacrificado, quem escapa e quem lucra”, lê-se num comunicado divulgado à imprensa.
Para as organizações que convocaram a marcha pela “Justiça Climática”, a COP26 acontece num momento crucial da história: “Em todo o mundo e através de vários movimentos, levanta-se uma nova vaga de resistência, solidariedade global e organizações de base. Temos uma oportunidade única de reformatar o nosso sistema, enquanto recuperamos da pandemia”.
As mais de 25 organizações portuguesas partilharam, no mesmo comunicado, algumas das reivindicações Marcha Mundial pela Justiça Climática:
“Sem eufemismos: não aos combustíveis fósseis, sem o discurso de emissões líquidas e sem soluções falsas; Lutar por 1,5ºC; Precisamos de zero emissões, não de zero emissões “líquidas”; Deixar os combustíveis fósseis debaixo do solo: nenhum novo investimento ou infraestrutura de combustíveis fósseis; Rejeitar soluções falsas: não aos mercados de carbono e tecnologias arriscadas e não comprovadas; Vamos reestruturar o sistema: Queremos uma Transição de Justiça agora!; Vamos começar a Transição de Justiça Justiça climática global: reparações e redistribuição às comunidades indígenas e ao Sul Global; Distribuição justa, e esforço adequado pelos países ricos; Cancelar as dívidas do Sul Global a todos os credores; Financiamento climático baseado em subsídios para o Sul Global; Reparações por perdas e danos já ocorridos no Sul Global!”