O maior parque de captação de energia solar subsaariano, excluindo a África do Sul, vai nascer em Moçambique, anunciou hoje um dos financiadores, citado pela agência Lusa. “O Centro Solar de Mocuba, na região da Zambézia, centro do país, vai ser a maior quinta solar e a primeira a ter escala para abastecimento da rede pública”, refere-se em comunicado do Emerging Africa Infrastructure Fund (EAIF).
O parque de painéis solares vai ter capacidade “para abastecer 175 mil agregados familiares” moçambicanos, ou seja, “40% da capacidade de fornecimento da rede elétrica do norte” de Moçambique, que equivale a 4,8% a nível nacional. O investimento total é de 76 milhões de dólares e prevê-se que a central esteja pronta a produzir dentro de um ano.
A unidade pertence a uma sociedade formada pela Scatec Solar, empresa privada que já conta com um leque de projetos em África, na Europa e América Central, Electricidade de Mozambique (EDM) e Norfund, fundo de investimento norueguês.
O EIAF entra no empreendimento através de um acordo assinado com o International Finance Corporation (IFC), do grupo Banco Mundial, para garantir um empréstimo de 16,9 milhões de dólares a vencer daqui a mais de 16 anos.
O financiamento acordado inclui outra parcela de sete milhões de dólares designada de “Viability Gap Funding Grant”, ou seja, uma soma destinada a baixar o preço de venda de eletricidade ao consumidor.
A EAIF funciona na dependência do Private Infrastructure Development Group (PIDG), financiado por sete governos e pelo Banco Mundial – no caso da EAIF, o apoio é oriundo dos governos do Reino Unido, Holanda, Suécia e Suíça, bem como de bancos do setor privado, a instituição alemã de financiamento ao desenvolvimento KfW e seu equivalente holandês, FMO.