A The Navigator Company tem, desde o passado mês de janeiro, uma nova central solar fotovoltaica em regime de autoconsumo instalada no complexo industrial da Figueira da Foz. Em comunicado, a empresa assegura que “este é mais um investimento que vem contribuir para a sua estratégia de descarbonização”.
Até 2035, todos os complexos industriais da empresa serão neutros em emissões de carbono e, para tal, vai investir um total de 154 milhões de euros, dos quais 55 milhões de euros (cerca de 35%), já foram efetuados em 2019 e 2020.
A nova central fotovoltaica da Figueira da Foz é o quarto projeto da Navigator no domínio da energia solar tendo a empresa investido, globalmente, “mais de 4,7 milhões de euros na instalação de 17.200 painéis solares fotovoltaicos, com uma área aproximada de 28.500 m2”, lê-se no comunicado.
Com uma capacidade instalada de aproximadamente 2,6 MW e composta por 7.700 painéis solares, a nova central solar fotovoltaica passa a ser a “maior central” do grupo, ultrapassando a capacidade daquela que se encontra instalada no complexo industrial de Setúbal (2,2 MW). A nova central vem “aumentar a capacidade de produção de energia elétrica renovável com emissões nulas de CO2”, e permitirá “evitar, por ano, a emissão de cerca de 1,296 tCO2, contribuindo igualmente para a redução do volume de aquisição de energia à rede elétrica”, precisa o comunicado.
Esta central encontra-se instalada na cobertura da área fabril do papel do complexo industrial da Figueira da Foz, ocupa uma superfície de aproximadamente 13.500 m2 e tem uma produção anual de energia estimada de 3.500 MWh, o que equivale ao consumo de 1.327 carros elétricos a percorrer 20 mil quilómetros num ano.
A The Navigator Company produz, anualmente, cerca de 2,5 TWh de energia elétrica mais de 60% a partir de biomassa, sendo responsável em média por cerca de 4% da produção nacional de energia elétrica e de 52% da energia elétrica produzida a partir de biomassa em Portugal. Atualmente, dispõe de quatro centrais fotovoltaicas em regime de autoconsumo – em Setúbal, na cobertura de uma das máquinas de papel, em Pegões, na Herdade de Espirra, em Aveiro, no Raiz – Instituto de Investigação da Floresta e, agora, no complexo industrial da Figueira da Foz – o que lhe permitirá atingir, no final deste ano, cerca de 5 MW de capacidade instalada, a partir da energia solar.