Lucros da Corticeira Amorim caíram 15,1% para 34,3 milhões de euros no primeiro semestre
Os lucros da Corticeira Amorim desceram 15,1% no primeiro semestre deste ano, para 34,3 milhões de euros em termos homólogos, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou o período com um resultado líquido de 34,3 milhões de euros, 15,1% face ao registado no período homólogo de 2019”, noticiou a Lusa, citando o comunicado. “Excluindo o evento não recorrente associado à venda da US Floors” o resultado líquido teria caído 9,8%, justificou a Corticeira.
No primeiro semestre de 2020, as vendas do grupo atingiram 391,6 milhões de euros, uma queda de 5,0% face ao período homólogo 2019. “Apesar de a atividade industrial se ter mantido quase em pleno ao longo do semestre, a intensificação da crise sanitária e as medidas implementadas pelos diferentes países para dar resposta à covid-19, tiveram um impacto negativo no volume de negócios de todas as Unidades de Negócio (UN) no segundo trimestre do ano”, justificou a empresa.
Tendo em conta o desempenho das unidades de negócios, as vendas de Rolhas, área “responsável por 72% das vendas consolidadas da Corticeira Amorim”, caíram 5,4%.
“A UN Revestimentos foi a única a registar um crescimento de vendas no semestre (5,0%), confirmando a tendência positiva verificada no início do ano. As UN Aglomerados Compósitos, Matérias-Primas e Isolamentos apresentaram quedas de vendas de 5,9%, 6,3% e 14,3%, respetivamente, face ao período homólogo”, de acordo com o mesmo comunicado.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da empresa atingiu os 65,9 milhões de euros, “um decréscimo de 3,4% face ao período homólogo do ano passado” inferior “à queda de vendas de 5,0%”, de acordo com o mesmo comunicado.
A Corticeira deu ainda conta de que a assembleia-geral de acionistas, realizada no dia 26 de junho de 2020, aprovou a distribuição de um dividendo bruto de 0,185 euros por ação, pago em 20 de julho.
No entanto, “considerando as consequências da pandemia e o inerente agravamento do contexto económico e social, em Portugal e no mundo, e em face da séria situação de incerteza quanto à retoma da normal atividade económica, o Conselho de Administração da Corticeira Amorim decidiu não propor, no corrente ano, a atribuição de um dividendo extraordinário em dezembro, como vinha acontecendo desde 2012”. A decisão “reflete a gestão assumidamente conservadora do balanço que tem sido seguida e tomou em conta o reforço de prudência que o atual contexto adverso implica”, salientou a empresa, no mesmo comunicado.