Sustentabilidade ambiental e adaptação às alterações climáticas são algumas das prioridades do Município de Loulé

Foi aprovado em reunião de Câmara o Orçamento do Município de Loulé e Grandes Opções do Plano para 2019. Numa nota enviada à imprensa, para o ano económico que se avizinha, a Câmara de Loulé vai ter à sua disposição um “orçamento de 105.535.339,00 euros. Sustentabilidade ambiental e adaptação às alterações climáticas, competitividade fiscal, habitação, mobilidade e educação são os principais pontos das Grandes Opções do Plano”.

Na senda da estratégia política de tornar Loulé num Concelho “mais inclusivo, mais coeso, mais competitivo e mais sustentável”, a Câmara volta a apostar na redução de impostos. Seguindo uma política de monitorização e de acompanhamento orçamental permanente, a Câmara Municipal aprovou o pacote fiscal para o ano de 2019. Assim, no que concerne ao IMI, o mesmo será fixado novamente na taxa mínima aplicável de 0,3%. Por outro lado, como medida de combate à desertificação e ao envelhecimento demográfico das zonas do interior, voltou a ser aprovada a minoração do IMI em 30% em relação à taxa mínima aplicável nas freguesias de Alte, Ameixial, Salir e União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim. Existirá ainda uma redução de 20, 40 e 70 euros (montante fixo) na taxa de IMI, de acordo com o agregado familiar, ou seja, consoante exista um, dois ou três ou mais dependentes, respetivamente. Isto no caso de imóveis destinados a habitação própria e permanente.

A Câmara de Loulé volta a “prescindir dos 5% da participação de variável de IRS, isentando os sujeitos passivos com domicílio fiscal no Concelho do pagamento do mesmo”, refere a nota.

Finalmente, com o objetivo de atrair o capital empresarial para o Concelho, a Câmara de Loulé irá “continuar a não aplicar a derrama sobre o lucro tributável e não isento de IRC às empresas”.

“No apoio às famílias e às empresas, o Município de Loulé continua com uma política fiscal atrativa com a mais baixa carga fiscal de sempre”, referem os responsáveis municipais.

Loulé tem sido um município na dianteira daquilo que são as questões ambientais e continuará a sê-lo em 2019, com a forte aposta na mobilidade suave e nas eficiências energética e hídrica enquanto opções que emanaram da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas. Para esta rubrica, serão canalizados mais de 12 milhões de euros em iniciativas como a aquisição de viaturas elétricas/híbridas, instalação de postos de carregamento de carros elétricos e contadores hídricos inteligentes ou no projeto do Laboratório Vivo para a Descarbonização em Quarteira.

Num ano em que serão desenvolvidos alguns projetos em termos de estratégia habitacional, a Autarquia irá “investir cerca de 20,7 milhões de euros no apoio às famílias e no acesso à habitação, direcionados à aquisição de terrenos, construção de fogos e reabilitação do edificado”, com um programa municipal de acesso à habitação a ser lançado brevemente.

Também a “educação constitui uma prioridade no ano que se avizinha”, lê-se na nota. O principal investimento será realizado ao nível da oferta das fichas escolares até ao 12º ano, em complementaridade com a distribuição gratuita dos manuais escolares por parte do Governo, investimento nos transportes escolares e ainda nas refeições para os alunos.

De entre as grandes obras que serão financiados pelo Município destaque para, “na área da saúde, o investimento de cerca de 7 milhões de euros” na construção dos edifícios do INEM e na Unidade de Serviço Familiar/Unidade de Cuidados Continuados do ACES Central; e na área da Segurança e Proteção Civil, as empreitadas dos edifícios do Comando Distrital da GNR, do SIRP – Sistema de Informações da República Portuguesa e do CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, num montante que ronda os 5 milhões.

“A proposta de Orçamento e das Grandes Opções do Plano (GOP) do Município de Loulé para o ano de 2019 visa fundamentalmente medidas para o apoio às famílias e empresas e no acesso à habitação, para a eficiência energética e hídrica e adaptação às alterações climáticas integrando assim uma forte componente de intervenção social e estabelecendo uma notória prioridade na defesa da sustentabilidade ambiental”, frisa o documento.

Os documentos serão submetidos a aprovação pela Assembleia Municipal, na próxima sessão ordinária.