Desde que arrancou a implementação do projeto de recolha seletiva dos biorresíduos no concelho de Loulé, foram recolhidas, nos anos de 2023 e 2024, mais de 2 mil toneladas, cumprindo uma nova competência dos municípios na implementação de sistemas de recolha para esta tipologia de resíduos.
No ano de arranque, 2023, foram recolhidas cerca de 125 toneladas de biorresíduos alimentares, o qual foi largamente ultrapassado em 2024, com a recolha de mais de 1.291 toneladas. No que respeita aos biorresíduos verdes, verificou-se também um aumento na recolha: 316 toneladas, em 2023, e 345 toneladas, em 2024.
Os responsáveis municipais fazem um balanço bastante positivo deste período em que já está a funcionar esta recolha seletiva. No entanto, acreditam que é fundamental aumentar a sensibilização com o objetivo de elucidar os cidadãos sobre a valorização destes resíduos, motivando assim o incremento da sua separação.
“Estamos a sensibilizar os cidadãos para a separação de mais uma vertente de resíduos além do cartão, do plástico e do vidro. A partir de agora vamos ter que separar aquilo que se designa por biorresíduos ou resíduos orgânicos, que advêm do tratamento dos jardins e espaços verdes, mas também dos restos alimentares e da preparação de refeições”, frisa o vereador do Ambiente, Carlos Carmo.
Este sistema de recolha dedicada assenta uma abordagem de proximidade com o cidadão através de metodologia simples e cómoda, atuando em dois setores: doméstico e não doméstico. O setor doméstico abrange zonas da malha urbana de Loulé, Quarteira e Almancil – abarcando cerca de 26 mil habitações, e o setor não doméstico (restauração, escolas e IPSS) que, até ao momento, abrange mais de 180 estabelecimentos.
Cada cidadão que aderiu ao projeto, já recebeu, para fazer a separação/acondicionamento dos biorresíduos alimentares, um balde de 10 litros, sacos compostáveis e um cartão de acesso a máquinas dispensadoras de sacos, que estão localizadas em vários pontos das zonas abrangidas. Os biorresíduos posteriormente são depositados no contentor de cor castanha, disponível na via pública, integrado nas “ilhas ecológicas”, permitindo uma recolha de proximidade.
Os aderentes do setor não doméstico, já receberam um balde de 60 ou 120 litros com uma chave e o regulamento de utilização, sendo esta recolha efetuada porta-a-porta. Mais do que “lixo” os biorresíduos, são um recurso que pode ser utilizado em novas aplicações, numa perspetiva de economia circular: produção de biogás bem como de composto orgânico.