Loulé assinalou o Dia Internacional Sem Sacos de Plástico com ações de sensabilização
Na semana em que se comemorou o Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, dia 3 de julho, a Câmara Municipal de Loulé pretendeu sensibilizar os seus munícipioss sobre a necessidade de reduzir a utilização de plástico. O objetivo foi “alertar a população para a necessidade de agir promovendo alterações dos seus hábitos de consumo que permitam reduzir a utilização diária de plásticos”, refere a Câmara de Loulé em comunicado.
A autarquia, detentora de uma Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, pretende promover, em todo o território municipal, uma resposta coerente às múltiplas problemáticas relacionadas com as alterações climáticas. Neste contexto, convida todos os consumidores do município a reduzir, e até evitar, o uso de plástico, sugerindo, por exemplo, alternativas acessíveis aos sacos de plástico como os sacos reutilizáveis, disponíveis em qualquer estabelecimento comercial, que o consumidor poderá usar inúmeras vezes e também as típicas cestas de palma e/ou de outros materiais naturais da região que, além de serem uma marca da identidade cultural do território, promovem a economia local e constituem alternativas a este desígnio, à escala global, que é o de reduzir os sacos de plástico.
Segundo o município, o consumidor pode fazer uma grande diferença no combate aos plásticos marinhos. Um bom exemplo foi a redução de 74% no uso de sacos de plástico e o aumento de 61% no uso de sacos reutilizáveis que se registou, desde que se implementou, em fevereiro de 2015, em Portugal, o imposto sobre este tipo de sacos. De acordo com o CCMAR – Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, um dos principais centros de investigação em ciências marinhas em Portugal, cerca de 90% do lixo que se encontra nas praias do Algarve é plástico. Mesmo em áreas protegidas, como o Parque Natural da Ria Formosa, os dados são alarmantes: 54% a 92% do lixo encontrado na zona interna da Ria é plástico.
Recorde-se, ainda, que o plástico demora mais de 400 anos a degradar-se, pelo que a maioria do plástico que já foi produzido continua presente no ambiente. A sua fragmentação origina partículas menores, designadas por microplásticos, que são ingeridos por muitas espécies marinhas, incluindo organismos pequenos como o zooplâncton e peixes, entrando assim na cadeia alimentar humana.
“Dê o seu contributo para um Algarve (+) saudável com (-) plástico!”, é o desafio lançado pela Câmara Municipal de Loulé, entidade empenhada no desenvolvimento de boas práticas que enaltecem a ação climática.