Sob o mote “25 anos em Rede pela Saúde”, perto de três dezenas de municípios de todo o país marcaram presença em Loulé, no passado dia 30 de novembro, para participar na Assembleia Intermunicipal da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis.
Numa sessão híbrida, em que alguns dos representantes estiveram presencialmente no Auditório do Solar da Música Nova e outros acompanharam online, debateram-se tanto questões mais técnicas e financeiras como assuntos de interesse geral dos membros. Em relação aos pontos da ordem do dia daquela que foi a última reunião do ano, além da primeira proposta de revisão orçamental de 2022, também o Plano de Atividades para 2023 esteve em destaque.
A sessão foi conduzida pelo presidente da rede, Paulo Silva, autarca do Seixal, e pelo presidente da Assembleia Intermunicipal de Viana do Castelo, Ricardo Rego, vice-presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo. Na mesa esteve também a anfitriã, Ana Machado, vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé.
Dar continuidade às linhas de ação que até aqui têm sido seguidas é o grande objetivo desta Rede para o ano que se avizinha, nomeadamente no reforço do trabalho a quatro níveis: “crescimento do número de parceiros, consolidação dos projetos, divulgação e avaliação dos resultados”, pode ler-se num comunicado.
A constituição de uma Rede Lusófona de Cidades Saudáveis, no seguimento da cooperação que está já a ser feita com países como Angola, Brasil e Cabo Verde, o reconhecimento da Rede junto do Ministério da Saúde para possibilitar aceder a financiamento, a participação na VII Fase da Rede Europeia de Cidades Saudáveis da Organização Mundial da Saúde, a criação da comissão de acompanhamento do Plano Nacional de Saúde, o reforço do trabalho intermunicipal e investimento em produtos e plataformas de comunicação e divulgação são algumas das atividades propostas, de acordo com o mesmo comunicado, divulgado pelo Município.
O orçamento da receita para 2023 é de 181.110,31€, sendo que 42.000,00€ serão canalizados para um dos grandes desideratos: o Projeto “Atlas da Saúde da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis”. Este projeto compreende a criação de uma plataforma de conhecimento online, em que vai ser possível caracterizar o estado da saúde nos municípios, obtendo dados estatísticos georreferenciados e atualizáveis ao longo dos anos.
Trata-se de uma iniciativa “multifatorial de saúde e qualidade de vida” que, prevê-se, ficará concluída no primeiro trimestre de 2023. “É uma ferramenta de trabalho muito importante para os municípios, para que cada um veja quais são as suas fragilidades. Tem que haver uma monitorização e acompanhamento para o Atlas não ficar desatualizado, queremos que seja dinâmico e nos permita ver como vai ser a evolução”, refere o presidente da Rede, Paulo Silva.
A Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis é um fórum de partilha e de discussão de questões com impacto na saúde e qualidade de vida das pessoas. A sua missão é apoiar a divulgação, implementação e desenvolvimento do projeto Cidades Saudáveis nos municípios que pretendam assumir a promoção da saúde como uma prioridade da agenda dos decisores políticos.
Os seus objetivos estratégicos sustentam-se na melhoria da saúde para todos e redução das desigualdades em saúde e, por outro lado, melhoria da liderança e da governança participativa para a saúde.