Living Lab é classificado como projeto-piloto das comunidades de energia do futuro

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) atribuiu a classificação de projeto-piloto, no âmbito de projetos de autoconsumo e de comunidades de energia renovável (CER), ao Cleanwatts Living Lab, que passa a ser um dos seis aprovados por esta entidade e em curso em Portugal.

O Cleanwatts Living Lab consiste num laboratório vivo de inovação, que conecta pessoas e tecnologia, em concreto os colaboradores e as soluções tecnológicas da Cleanwatts e dos seus parceiros estratégicos, com o intuito de, por um lado, estimular a criatividade e participação ativa dos colaboradores na validação e desenvolvimento de novas soluções e serviços no âmbito das CER tendo a perspetiva do utilizador final e, por outro lado, contribuir para a inovação do quadro regulatório e regulamentar nacional no âmbito da transição energética descentralizada, digitalizada e democratizada, com o utilizador final no centro da ação.

De acordo com Andreia Carreiro, diretora de Inovação Estratégica da Cleanwatts, “o Cleanwatts Living Lab é, essencialmente, um ecossistema de inovação, partilha de conhecimento, investigação e desenvolvimento para a construção das melhores soluções, quer tecnológicas e sociais, quer ao nível dos modelos de negócio, para a criação das Comunidades de Energia do futuro. Assim, é uma especial satisfação ver reconhecido pela ERSE o seu potencial para contribuir para acelerar o desenvolvimento do autoconsumo coletivo e das Comunidades de Energia Renovável, em Portugal”.

O Cleanwatts Living Lab será desenvolvido em todo o território nacional e agregará cinco CER, em Coimbra, Condeixa-a-Nova e Anadia. As CER serão compostas por sistemas de  produção (fotovoltaica), soluções de armazenamento, com baterias estáticas e móveis (neste caso, recorrendo ao uso de veículos elétricos), equipamentos de consumo flexíveis, sistemas de controlo de carga (como o uso de carregadores inteligentes de veículos elétricos com bidirecionalidade, em que os diversos ativos energéticos serão geridos pelo Cleanwatts Operationg System – CW OS – para a otimização energética, na busca de maiores eficiências energéticas, económicas e ambientais.

“O Cleanwatts Living Lab tem ainda o objetivo de desenvolver soluções que estimulem a participação ativa do consumidor de energia nas novas dinâmicas da transição energética, e assim impulsionar o desenvolvimento de novos mercados, sejam eles os locais de energia ou de flexibilidade”, acrescenta a responsável.

O Cleanwatts Living Lab incorporará múltiplas CER, ao abrigo da legislação em vigor, e diversas dinâmicas inseridas nos mecanismos de “regulatory sandboxes” a fim de testar, em ambiente real e controlado, soluções disruptivas que possibilitem a simplificação e aceleração da descarbonização energética, com benefícios económicos, sociais e ambientais para os membros das CER. Será possível produzir energia de base renovável, consumir e armazenar a energia produzida localmente, flexibilizar os consumos energéticos, carregar veículos elétricos de forma inteligente, partilhar a energia entre membros e providenciar serviços de flexibilidade e serviços auxiliares à rede elétrica, sempre que necessário, com o intuito de providenciar maior resiliência ao sistema.

Desenvolvido no âmbito do projeto Kiplo® STEP, o Cleanwatts Living Lab centrará sua ação no utilizador final, testando modelos de negócio inovadores, que visam minimizar o investimento inicial na constituição de CER, potenciando a sua participação ativa no desenvolvimento de mercados locais de energia, através, por exemplo, de modelos de partilha e transações energética (P2P – Peer-to-peer), com recurso a tecnologias robustas que asseguram transparência, segurança e confiança.

“Os mercados locais de energia associados às Comunidades de Energia geridas por sistemas avançados e robustos serão fundamentais no desenvolvimento da transição energética aliada à transição digital. Com o Cleanwatts Living Lab a Cleanwatts está a centrar-se no utilizador final, ao criar as dinâmicas de interação deste com a rede elétrica. Assim os nossos colaboradores serão os primeiros a experimentar, usufruir e contribuir para as vantagens que queremos proporcionar aos nossos clientes, que connosco contribuem para um mundo melhor, mais verde e descarbonizado”, remata Andreia Carreiro.