Lisboa foi a cidade escolhida para receber a 5.ª edição do URBAN FUTURE Global Conference (UFGC). Considerado o maior evento europeu sobre sustentabilidade urbana a capital portuguesa foi assim “eleita para acolher em abril do próximo ano cerca de 3 mil decisores e profissionais de mais de 60 países”, refere a organização em comunicado enviado à imprensa. A apresentação oficial do evento, teve lugar esta segunda-feira na Câmara Municipal de Lisboa e contou entre outros com a presença de Fernando Medina, Presidente da autarquia e de Gerald Babel-Sutter, CEO e fundador da conferência.
A conferência que se assume como um evento urbano multidisciplinar, tem vindo a reunir ao longo das quatro edições pessoas dispostas a serem impulsionadores de mudanças sustentáveis nas cidades onde vivem, criando sinergias para o desenvolvimento de projetos concretos. Estes “CityChangers”, termo usado para identificar todos os que trabalham em prol da criação de cidades mais amigas do ambiente, incluem presidentes de câmaras, urbanistas, arquitetos e representantes de variados setores como o imobiliário ou da mobilidade.
As conferências vão ter lugar em diferentes espaços no centro da cidade: Pavilhão Carlos Lopes, Fundação Calouste Gulbenkian, Estufa Fria e Lx Factory. Entre os primeiras confirmações na conferência estão Mikael Colville Anderson, apresentador do programa global sobre urbanismo, “The Life-sized city”, Erion Veliaj, Presidente da Câmara de Tirana; e Maria Vassilakou, ex-Vice-Presidente da Câmara de Viena. Para além destes nomes há já outras confirmações, e que podem ser vistos em
Fernando Medina, Ppesidente da Câmara de Lisboa destacou o caráter inovador da conferência afirmando que “as cidades têm um peso determinante na transição ecológica que temos que coletivamente fazer no planeta. É nas cidades que a maioria da população vive e trabalha, é onde se produzem mais emissões de gases com efeito de estufa. E o futuro das cidades tem se ser sustentável não apenas do ponto de vista ambiental mas também económico e social, não deixando ninguém para trás. Por tudo isto, é fundamental que as cidades trabalhem conjuntamente. Queremos inspirar-nos em exemplos positivos de outras cidades mas também servir de inspiração para outros, pelas políticas de sustentabilidade que vimos seguindo na cidade de Lisboa.”
A apresentação teve simbolicamente lugar no dia em que se assinala o Dia Mundial das Cidades, que este ano tem como mote principal o lema “Changing the world: innovations and better life for future generations”. Em Portugal, e de acordo com os últimos dados do INE, numa altura em que 43% da população Portuguesa vive nas cidades, Gerald Babel-Sutter, CEO e fundador da conferência, acredita que “é necessário repensar as cidades, até porque mais pessoas vão continuar a mudar-se para os grandes centros urbanos, mas esses processos levam geralmente muito tempo. E é precisamente aqui que o Urban Future pode ser uma mais valia, já que criamos uma plataforma para partilha de experiencias e ideias”.
Para Gerald Babel-Sutter, “o grande objetivo do Urban Future é tornar as cidades lugares mais agradáveis para viver, tanto para nós como, e acima de tudo, as gerações futuras. Olhando para o debate global sobre as alterações climáticas, é bastante óbvio que é necessária uma mudança profunda. É por isto que continuamos a tentar encontrar os mais apaixonados CityChangers que possam partilhar as mais impressionantes ideias”.
A conferência, um dos principais eventos do programa da Capital Verde Europeia 2020, está centrado em quatro temas chave: mobilidade, água, bairros e liderança. Em todas as edições, os temas são adaptados às necessidades específicas de cada país anfitrião, tendo em conta as opiniões e prioridades de todas as partes interessadas. Cada um dos temas selecionados para 2019 vai permitir debater ideias criativas e economicamente viáveis para reorganizar tanto Lisboa, como outras cidades mundiais.
Em 2021, a conferência vai rumar até Roterdão, na Holanda, sendo a cidade sede para o ano de 2022 anunciada durante o evento em Lisboa.