Lisboa vai acolher no mês de junho de 2023 o International Saint-Gobain Architecture Student Contest, um Concurso de Arquitetura internacional que foi concebido para desafiar os conhecimentos dos estudantes em torno de um projeto baseado nas necessidades reais da cidade escolhida, usando a abordagem de construção sustentável da Saint-Gobain para criar espaços para a comunidade que respeitem o planeta e o bem-estar dos residentes. Organizado pela primeira vez em 2004, pela Saint-Gobain Isover, na Sérvia, o concurso tornou-se num evento internacional em 2005. Atualmente, atrai mais de 2.800 estudantes em 40 países.
À Ambiente Magazine, José Martos, CEO da Saint-Gobain em Portugal, refere que o concurso baseia-se na visão de “ser o líder mundial em construção sustentável”, onde os edifícios são o elemento chave: “Acreditamos que podem e devem proporcionar tanto um melhor desempenho como a sustentabilidade”. A mensagem que esta competição que transmitir é que “juntos podemos construir melhor, com menos impacto no nosso planeta, tendo em consideração a saúde e o bem-estar das pessoas”. Desta forma, o objetivo é desenvolver um projeto baseado na “sustentabilidade, com valor para as pessoas e para o planeta: “Este desafio colocado aos concorrentes tem como premissa global a sustentabilidade dos edifícios projetados e a criação de condições de bem-estar para os utilizadores, com impacto nas pessoas e no planeta”. Uma das preocupações é, precisamente, “maximizar a saúde e o bem-estar de todos, em todos os lugares”, ao mesmo tempo que “minimizamos o impacto sobre o ambiente durante a vida útil de um edifício”, indica.
Destinado a estudantes de “arquitetura, design, engenharia civil e outras áreas relacionadas”, os candidatos devem frequentar a licenciatura ou mestrado, no ano académico do concurso e das áreas de arquitectura, design ou engenharia civil. Podem, também, participar estudantes em programas de bolsas de estudo e intercâmbio: “Todos os participantes representam a universidade e o país onde estão a estudar no momento do concurso”.
A escolha de Portugal para acolher esta 18.ª edição surge do convite por parte do Grupo Saint-Gobain, sediado em França que, todos os anos, o grupo seleciona um país diferente para este concurso: “A escolha de Portugal para a Edição 2022-23 está relacionada com a importância que o Grupo atribui à sua presença no país e ao potencial de desenvolvimento da sua atividade, na sequência da criação em 2020 da nova empresa Saint-Gobain Portugal, que resultou de uma reorganização da sua visão para o mercado português, procurando explorar as suas grandes potencialidades”, adianta o responsável. Esta Edição propõe aos estudantes a “elaboração de um projeto de revitalização de um espaço que pertence à Camara Municipal de Lisboa”, alojando um “conjunto de serviços urbanos”, tendo em vista a sua “devolução à cidade como um espaço de atividade cultural e residencial”, em respeito pelas “premissas do Plano de Pormenor do Aterro da Boavista” em que o espaço está integrado: “Incorporará a necessidade de projetar a reabilitação de um edifico existente para alojar uma atividade cultural, bem como de um novo edifício para uso residencial”.
Questionado sobre a forma como os projetos vão responder à premissa de serem sustentáveis e, ao mesmo tempo, criarem impacto nas pessoas e no planeta, o CEO da Saint-Gobain em Portugal assegura que “os edifícios dos projetos serão altamente eficientes em termos energéticos, com baixo teor de carbono e proporcionarão um ambiente confortável para seus ocupantes”, de modo a criar “melhores espaços de vida, trabalho e lazer” em todos os lugares. Aliás, “os requisitos de avaliação do júri internacional incluem a avaliação do impacto de sustentabilidade dos projetos ao nível do seu ciclo de vida”, bem como a “resposta a elevados padrões de eficiência energética”, acrescenta.
De acordo com José Martos, a seleção da equipa vencedora será feita por um “Júri Internacional”, bem como a “atribuição de outros prémios secundários”, para os quais haverá também o “contributo do universo dos estudantes finalistas participantes”. A proposta vencedora receberá um “prémio monetário e a publicação em meios especializados de divulgação” de arquitectura. Também, os restantes premiados receberão “prémios monetários e amplo destaque nos meios próprios do Grupo Saint-Gobain”, indica.
A importância deste tipo de competições é justificada, de acordo com o responsável, pelo facto de ser uma “grande oportunidade para os estudantes adquirirem experiência profissional” enquanto descobrem a “importância da sustentabilidade na construção moderna”.
Para além da Saint-Gobain Glass, fazem parte da organização do International Saint-Gobain Architecture Student Contest a Isover, Placo®, Weber, Leca®, Ecophon, Eurocoustic e Gabelex.