A câmara de Lisboa não vai impor limites à entrada de carros na cidade, ao contrário do que acontece em algumas cidades europeias, como Paris ou Londres.
Mesmo com o aumento de 15 mil automóveis por dia, registado nos últimos dois anos, a estratégia do executivo passa por desincentivar os automobilistas a trazer o carro para o centro da cidade.
Criando quatro mil lugares de estacionamento que estão previstos junto às principais entradas de Lisboa e das ligações a transportes públicos e entraves ao estacionamento nas zonas mais congestionadas.
Na semana passada, o vereador do Urbanismo e Planeamento, Manuel Salgado, explicava ao DN que não havia um número limite de carros a entrar na cidade e que se esperava reduzir as entradas com o controlo do estacionamento e a redução das vias de circulação com as obras.
“Sempre fomos contra a aplicação de portagens, a maior parte das entradas em Lisboa já são portajadas. O que há a fazer é conjugar dois instrumentos fundamentais para o município poder regular esta situação: o controlo dos estacionamentos e a gestão do transporte público, que vai permitir a melhoria da oferta do transporte público”, indicou o autarca.
Uma das expectativas é que com a gestão camarária a partir do próximo ano a Carris passe a oferecer um serviço mais fiável e que seja uma alternativa. A câmara já destinou 15 milhões de euros para a gestão da Carris, verbas que resultam do estacionamento e das multas.
Assunção Cristas tem no entanto, um entendimento distinto. “Sem os transportes públicos a funcionar com qualidade, com uma rede que cubra a cidade e a cumprir horários, Medina nunca devia ter avançado com algumas soluções que vão penalizar a vida dos lisboetas após as obras em curso”, defendeu a candidata e líder do CDS.