Chegou ao fim mais uma edição do Smart Open Lisboa (SOL), programa de inovação aberta que junta a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a consultora de inovação colaborativa Beta-i, para a melhoria da qualidade de vida na capital portuguesa. Durante esta edição, que culminou ontem no Showcase Day onde os projetos-piloto puderam apresentar as suas soluções, o foco esteve na promoção da mobilidade urbana sustentável em Lisboa, em linha com aqueles que são os objetivos de neutralidade carbónica para 2030.
Os quatro projetos-piloto que chegaram à fase final do programa procuram fazer frente aos desafios identificados no programa: promover o desenvolvimento de smart cities e a mobilidade urbana, através de veículos automáticos, conectados, elétricos e partilhados; melhorar a logística de mobilidade das cidades através do uso de data; incentivar a sustentabilidade e transição energética e melhorar a experiência dos consumidores.
Entre as ideias finalistas encontra-se uma solução que poderá revolucionar a logística de perdidos e achados nos transportes públicos. Com o apoio da Carris, a integração da app deste projeto-piloto fará com que a gestão dos objetos perdidos seja mais clara, segura e eficiente, com uma plataforma que reunirá todos os itens que foram esquecidos e encontrados. Além desta inovação, também têm o seu lugar na final do programa um software de otimização de rotas logísticas que poderá tornar os percursos de viaturas e mercadorias mais sustentáveis do ponto de vista económico e ambiental, uma aplicação com o objetivo de tornar o processo de controlo e gestão de carregamento de autocarros elétricos mais eficiente e chatbots que permitem a automatização de respostas online.
A mais recente edição do programa SOL com foco no vertical da mobilidade contou com a participação dos parceiros Brisa, Carris, EDP, Luís Simões e Super Bock, que apoiaram as soluções inovadoras das startups em prol da neutralidade carbónica e da transição energética.
Segundo o vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura, “Lisboa não abdica do seu papel liderante e inspirador e está, portanto, fortemente comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Mais: para este executivo, a cidade faz-se com a participação e o envolvimento dos cidadãos, das associações e das empresas. Não temos uma visão fechada e centralista das políticas públicas. É por isso que estamos firmes na convicção de que a nossa estratégia de inovação aberta, através da partilha de ideias e experiências entre empresas, startups, investidores e interessados, promove e estimula a inovação necessária a novos projetos e a um novo futuro co-construído; um futuro mais inclusivo, mais sustentável e mais próspero para todos. Daí a importância que atribuímos a programas como o SOL”.
Gustavo Magalhães, diretor na Beta-i, afirma ainda que “a sociedade como a conhecemos está altamente dependente de uma boa e eficiente rede de transportes nas cidades. A melhoria da sustentabilidade da mobilidade urbana é um eixo estratégico na cidade de Lisboa, sendo necessário combater os números crescentes de emissões de dióxido de carbono na capital. Tanto a Beta-i como a CML têm reconhecido este desafio e têm-se comprometido a fazer a diferença na transição energética através da inovação colaborativa com as várias edições do programa SOL”.
Desde 2022 que Lisboa assumiu o compromisso europeu de se tornar neutra em dióxido de carbono (CO2) até 2030, uma meta desafiante, mas urgente, tendo em conta que os dados do Plano de Ação Climática Lisboa 2030 apontam para que aproximadamente 43% das emissões de CO2 na capital tenham origem no setor da mobilidade e transportes.
O SOL Mobility é um dos programas verticais do Smart Open Lisboa, uma iniciativa de inovação aberta da CML e gerida pela Beta-i, com foco na validação e integração de soluções inovadoras criadas para melhorar a vida nas cidades.