Arrancou esta segunda-feira a Semana Verde Europeia, promovida anualmente pela União Europeia. Lisboa, Capital Verde Europeia 2020 foi a cidade que acolheu o início de um conjunto de ações online que vão decorrer até quinta-feira. A sessão juntou, ao longo do dia, vários investigadores para debaterem sobre a biodiversidade e a natureza.
Foi sobre a biodiversidade em Lisboa que José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, Clima, Energia e Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa, centrou o seu discurso. O responsável, que falava na sessão de encerramento, destacou o plano criado para a capital portuguesa, onde estão atualmente em “monitorização 23 indicadores” e será apresentado ainda este ano o relatório final sobre as ações e o impacto das mesmas no meio-ambiente. Lisboa não se fica pelo plano de biodiversidade e o responsável deu nota de um outro que já está em desenvolvimento para o horizonte 2030: “Identificamos áreas e espécies que precisam de ser protegidas. É um processo contínuo e temos metas para alcançar”.
Sobre as ações já desenvolvidas, Sá Fernandes destaca o aumento de espaços verdes na capital, o que possibilita mais biodiversidade: “Nestes novos espaços, precisamos de menos recursos hídricos, temos prados, mais soluções naturais e recuperamos o estado selvagem da natureza”. Além disso, recorda, que “muitas eram as casas que tinham esgotos ligados ao rio Tejo”, tendo a cidade “redirecionado os esgotos para a estação das águas residuais” e, assim dar “biodiversidade ao rio Tejo”.
E de todos os projetos que têm sido implementados nos últimos anos, a nomeação de Capital Verde da Europa é a “recompensa” dos esforços que têm sido feitos: “Não somos os melhores mas, pelo que alcançámos e pela nossa visão para o futuro”, essa conquista foi conseguida. E um dos objetivos é tornar a capital portuguesa uma inspiração e um exemplo a seguir. O ano de 2020 começou com várias ações e atividades no sentido de sensibilizar todos os cidadãos para importância da biodiversidade e da preservação: a plantação de árvores foi uma das ações mais mobilizadoras. E a 9 de novembro serão plantadas mais 20 mil árvores e arbustos, refere o responsável.
No entanto, todas as ações e eventos que estavam em marcha tiveram de ser adiados ou mesmo cancelados. A pandemia da Covid-19 dificultou a realização de iniciativas mas, mesmo assim, a capital portuguesa tem sabido dinamizar as várias ações em torno da biodiversidade com exposições, guias de boas práticas ou livros. “Mudou inteiramente as nossa vidas”, diz José Sá Fernandes, considerando que a pandemia veio obrigar a saber “ouvir, aprender, resistir, reinventar e reprogramar”. E foi precisamente em “encontrar soluções” que foram definidas políticas para responder ao desafio. Tanto é que Lisboa está, neste momento, a “alargar as hortas urbanas” e a “inaugurar novos espaços verdes”.
Com a “colaboração” e “solidariedade” de todos, o vereador declara que o futuro só pode ser encarado com “esperança”. E “tudo o que fazemos será o nosso legado”, remata.
Leia outros artigos da Semana Verde Europeia 2020:
- Sessão de abertura – Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa
- Sessão de abertura – Virginijus Sinkevičius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas
- Sessão de abertura – João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática
- Sessão de abertura – Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas
- Biodiversidade enquanto verdadeiro pilar da economia sustentável