Uma cidade solar, com carros elétricos e um sistema de iluminação pública que controla a meteorologia e a poluição. Assim vai ser a cidade de Lisboa daqui a cinco anos, noticia o Diário de Notícias.
O projeto, que ainda está na fase de arranque, insere-se no Horizonte 2020 e vai ser construído em conjunto com Milão e Londres. Será assim mais um passo para tornar a capital portuguesa numa smart city.
“Este projeto envolve as três cidades que vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de soluções de reabilitação energética de edifícios, na criação de sistemas de gestão de energia, na mobilidade elétrica e na iluminação pública inteligente”, explica Francisco Gonçalves, da Lisboa E-Nova-Agência de Energia e Ambiente de Lisboa.
O gestor do projeto esteve em Barcelona, no Congresso Mundial das Cidades Inteligentes, para apresentar as mudanças na cidade. A intenção é ter um espaço urbano que contribui mais para a produção de energia limpa para a rede. Energia essa que pode ser utilizada noutro dos pilares de criação de uma Lisboa inteligente: a circulação de carros e bicicletas elétricas.
“Os serviços partilhados de mobilidade elétrica são o terceiro pilar onde temos desde as bicicletas partilhadas até aos serviços de car sharing a nível da frota municipal – a Câmara de Lisboa tem neste momento a maior frota de veículos eléctricos do país -, temos também serviços de logística urbana ou sistemas de coordenação e controlo de carregamento de veículos eléctricos.
Um dos projetos deverá ser lançado até ao final do ano na zona do Marquês de Pombal com c carregamento rápido e semirrápido, e quando for implementado o sistema de bike sharing também terá sensores”, explica Francisco Gonçalves.
O último ponto para a cidade será a iluminação pública. Iluminação LED que vai permitir poupanças no consumo. “Lisboa tem quase 68 mil pontos de luz e gasta cerca de 5 milhões de euros por ano em iluminação”, apontou, durante a conferência no congresso em Barcelona.
Segundo a Philips Lighting, parceira da cidade na implementação da iluminação inteligente, o LED permite poupanças de 50% a 60% na fatura. O objetivo é “aproveitar os postes de iluminação pública LED para também pôr sensores na qualidade do ar, de meteorologia, de ruído e wi-fi para dar apoio à câmara na tomada de decisão, como no controlo do trânsito”.