Mudar paradigmas e criar tendências de gestão assentes numa cultura colaborativa e cooperante, face à sustentabilidade da biodiversidade e respetivos Serviços dos ecossistemas, tem sido um desafio diário assumido pela Lipor.
Após 20 anos a promover e implementar iniciativas, ações e projetos estratégicos em prol da valorização da natureza, tornou-se relevante para a esta entidade “avaliar em que medida é que os investimentos sócio-ecológicos assumidos, se têm vindo a traduzir em benefícios económicos para as comunidades”, refere em comunicado.
Inspirados na metodologia “TEEB – The Economics of Ecosystems and Biodiversity”, identificaram-se, quantificaram-se e valorizaram-se economicamente as contribuições dos ecossistemas geridos pela Lipor para diferentes dimensões do bem-estar humano, através das seguintes etapas:
- desenho de estratégias sociais colaborativas e deliberativas;
- compilação e revisão de toda e qualquer informação que permitisse a identificação de valores de investimento associados à gestão;
- quantificação de indicadores de valor de serviços dos ecossistemas e respetivos benefícios sócio-ecológicos;
- e, valoração económica dos benefícios gerados por esses serviços dos ecossistemas para as comunidades locais.
De forma sumária, a Lipor realça que “o valor total dos contributos da biodiversidade e Serviços dos ecossistemas, foi estimado como sendo, de pelo menos, 12 vezes superior ao investimento realizado”. Em termos absolutos estimados, a Lipor destaca um “investimento de 7 milhões de euros” e uma “estimativa de valor total dos contributos gerados pelos Serviços dos ecossistemas de, pelo menos, 90 milhões de euros”.
Contando com o apoio técnico e científico da NBI – Natural Business Intelligence, o resultado foi obtido pelo cruzamento entre os investimentos assumidos pela Lipor no Parque Aventura e projetos associados, desde 2000 até 2019 e a quantificação e valoração económica relativas aos benefícios ecológicos (ao nível Da captura de carbono, solo, incêndios, habitats e biodiversidade), benefícios sócio-ecológicos (hortas urbanas) e benefícios sociais (recreio e estética, e sistemas de conhecimento).