LIPOR inaugura Peixe de Bordalo e Moinho do Rio, Centro de Interpretação Ambiental do rio Tinto
Realizou-se hoje, dia 11 de junho, a cerimónia de Inauguração do Moinho do Rio, Centro de Interpretação Ambiental do rio Tinto, no Trilho Ecológico da LIPOR. A marcar esta data, foi também inaugurado o mural do Bordalo II, comissionado pela Lipor especificamente para este local.
Assim, na parede exterior principal do Centro de Interpretação Ambiental está a escultura do artista Bordalo II, “Peixe”, que simboliza por um lado todo o processo derenaturalização e recuperação que está a ser levado a cabo no troço do rio Tinto que passa no Trilho Ecológico da Lipor, e por outro os princípios da Economia Circular e da reutilização, em que os resíduos passam a ser olhados como matéria prima.
Esta inauguração é o culminar de um importante trabalho que a Lipor tem desenvolvido, no troço com cerca de 500 metros, que acompanha o Trilho Ecológico. Estes trabalhos tiveram início em 2017, ficando agora concluídos, nomeadamente um importante trabalho de despoluição e limpeza do leito do rio, a valorização das margens e a criação do trilho ecológico para percursos pedestres.
Todo o trabalho de renaturalização e recuperação deste troço do rio utilizou técnicas de engenharia natural. De destacar a recuperação de um antigo moinho, nas margens do rio, onde foi instalado um Centro de Interpretação Ambiental para suporte a um Programa Educacional para as Escolas da região, com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a defesa do ecossistema fluvial e do bem precioso que é a água.
“Peixe” de Bordalo II
A LIPOR confiou um mural ao artista Bordalo II, intitulado “Peixe” que nos remete para as questões do desperdício, da prevenção e da reutilização dos resíduos, resultado da técnica utilizada pelo próprio artista que cria as suas esculturas a partir de resíduos.
O “Peixe” feito a partir de resíduos é uma representação daquilo em que estamos a transformar a natureza se não cuidarmos dela. A ideia de que ao poluir os rios e os oceanos podemos transformar a fauna e a flora marítima numa memória é real.
Apesar da utilização de algum desse desperdício, como matéria prima, para compor uma obra de arte ser apenas um grão de areia num deserto de ideias, é um simbolismo que pode contaminar de forma positiva a geração do presente assim como as próximas gerações. A cultura e a educação são a única forma de ter uma sociedade futura mais sustentável.