Bicicletas partilhadas e drones sensorizados que entregam encomendas e medem a qualidade ambiental da cidade, infraestruturas críticas que prevêm o risco de acidentes naturais, e plataformas inteligentes e conectadas, assentes em IoT e 5G-ready, são algumas das soluções inteligentes, desenvolvidas ao abrigo do projeto (Link4S)ustainability para tornar as cidades mais sustentáveis e descarbonizadas.
O projeto materializa benefícios efetivos para as pessoas e cidades, ao permitir melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto ambiental através da implementação de soluções digitais sustentáveis nos ecossistemas de mobilidade e energia.
Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS e líder do consórcio Link4S, sublinhou que “a União Europeia assumiu o compromisso de liderar a ação climática global através de uma economia europeia competitiva e neutra em emissões de CO2 até 2050, sendo a sustentabilidade, clima, descarbonização e utilização eficiente dos recursos os principais impulsionadores para alcançar esta visão de longo prazo. O LINK4S vem contribuir para a concretização deste objetivo estruturante, e transversal à sociedade, através do desenvolvimento de plataformas inteligentes que fomentem as capacidades de sua conectividade para um caminho mais sustentável e com maior qualidade de vida”.
Energia
Neste âmbito, desenvolveram-se três projetos-piloto:
- monitorização de juntas de cabos subterrâneos de muito alta tensão, que monitoriza variáveis como a entrada de água, integridade da tampa de acesso, corrosão e temperatura nas juntas de cabos subterrâneos;
- torres de transmissão de energia, que mede a aceleração e os padrões de velocidade do vento, para determinar a degradação estrutural da torre, ou informação ambiental adicional, como temperatura, humidade e gases com o objetivo de fornecer outras informações que possam ser relevantes na prevenção de incêndios florestais;
- intrusão e avaliação de risco em ativos capilares de gás natural, que monitoriza e deteta remotamente as emissões de CH4 por fuga e acessos não autorizados à rede de fornecimento de gás natural.
Vertical de Mobilidade
Desenvolveram-se, nesta área, dois projetos-piloto:
- ecossistema de partilha de bicicletas elétricas, os veículos são acoplados com sensores capazes de medir tanto a fluidez do tráfego como a qualidade atmosférica. Os dados recolhidos são enviados em tempo real para a plataforma, sendo armazenados e processados com recurso a algoritmos inovadores que permitem apoiar a tomada de decisões dos intervenientes envolvidos, cidadãos, gestores municipais, operador de mobilidade ou outros. Esta plataforma de gestão de mobilidade e de sensorização foi também aliada a uma componente de recompensa carbónica, que calcula as emissões de CO2 evitadas através da utilização de mobilidade sustentável e recompensa os cidadãos através de tokens que podem ser usados para adquirir serviços e produtos sustentáveis.
- drones – são testados novos serviços logísticos urbanos em meio aéreo e a utilização de drones para monitorizar o ambiente em cidade, permitindo analisar métricas de qualidade do ar/ruído e também monitorizar tráfego e outras vertentes relacionadas com proteção, gestão e segurança em cidade, nomeadamente proteção contra incêndios, cartografia e otimização de rotas de navegação em ambiente urbano.
O projeto contou com o apoio da Agência Nacional de Inovação através do I&D Empresarial – Projetos Mobilizadores, cofinanciado pelo COMPETE2020, Lisboa2020, PORTUGAL2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).