O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a Câmara Municipal de Lisboa (CML), o BCSD Portugal e um conjunto de empresas e instituições líderes, dão um passo importante com a assinatura do Pacto de Mobilidade Empresarial (CMP) com a cidade de Lisboa. Ao abrigo desta iniciativa do WBCSD, do BCSD Portugal, da CML e de 56 empresas e instituições, estas “assumem o compromisso de tornar a mobilidade mais sustentável em Lisboa”, pode ler-se numa nota enviada à imprensa.
Esta iniciativa é uma resposta ao desafio do presidente da CML, Fernando Medina, para quem “a descarbonização se apresenta como o maior desafio da nossa geração. Necessitamos de reduzir as nossas emissões e tornar todos os tipos de transporte mais sustentáveis. Todos os dias contam e todas as ações são importantes”.
O CMP irá catalisar a liderança empresarial e visa acelerar a transformação da mobilidade urbana para soluções sustentáveis. As entidades signatárias vão adotar um conjunto de medidas que contribuirão para que a cidade de Lisboa tenha um sistema de mobilidade mais seguro, acessível, ecológico e eficiente, conforme os princípios fundamentais da colaboração, do compromisso, da transparência e da segurança.
O Pacto tem como objetivo contribuir para uma mobilidade mais sustentável, em Lisboa, através da promoção de uma oferta e de uma procura de soluções multimodais, em primeiro lugar através da criação de condições para adoção de novos comportamentos e de novas soluções pelos colaboradores e, ainda, através do alargamento destas medidas a fornecedores e clientes.
“O Pacto de Mobilidade Empresarial em Lisboa define o caminho para o sucesso e necessitamos que outras empresas e outras cidades do mundo utilizem este modelo para a sua própria transformação e para apoiar o crescimento inclusivo e sustentável”, disse Peter Bakker, presidente e CEO do WBCSD.
Segundo Miguel Gaspar, vereador da mobilidade da CML, “a cidade irá fornecer as condições necessárias para garantir que os compromissos serão mensurados e que o diálogo continue”.
Também para líderes do setor do privado a assinatura deste Pacto é bastante relevante: “A transformação faz-se com persistência e com coerência, e Lisboa dá-nos um bom exemplo de ambas, quando a Câmara mantém a agenda que definiu para si própria, e quando a Câmara, as empresas e o WBCSD são capazes de materializar no presente, aquilo que já foi só uma visão de longo prazo”, disse Vasco de Mello, Presidente e CEO da Brisa, a este propósito.
“Enquanto líderes de algumas das empresas mais sustentáveis do mundo, devemos intensificar os esforços e trabalhar com outras empresas, clientes, cadeias de valor e cidades, de forma a alavancar o desenvolvimento de soluções concretas e alcançar a transformação da mobilidade sustentável”, afirmou António Mexia, CEO da EDP.
“Dispomos da tecnologia, dos meios e do conhecimento necessário para contribuir para a descarbonização das cidades e estamos entusiasmados com a oportunidade de partilhar a nossa experiência com Lisboa e com as instituições e empresas, nomeadamente as que assinam este pacto, para tornar a mobilidade sustentável uma realidade num futuro próximo”, afirmou António Melica, diretor-geral de Portugal da Nissan Iberia, SA.
“Temos a ambição de desenvolver Pactos de Mobilidade Empresarial noutras cidades do mundo, utilizando a cidade de Lisboa como modelo de sucesso para a colaboração público-privada”, disse Peter Oosterveer, CEO da Arcadis.
Por seu turno, João Wengorovius Meneses, secretário Geral do BCSD Portugal, “é tempo de agir. O Pacto de Mobilidade Empresarial fornece às empresas colaboração, inovação e metas ambiciosas. Esses são os meios que nos ajudarão a alcançar a nossa visão de cidades sustentáveis. Liderar com a ação, agir com rapidez e foco no impacto levar-nos-á até lá”.
São signatárias do Pacto as seguintes entidades: Accenture; Acciona; Adene; ANA – Aeroportos de Portugal; Arcadis; Banco Atlântico Europa; Barraqueiro Transportes; BNP Paribas; Brisa; Caetano Auto; Carris; Circ; Crédito Agrícola; CTT; DECO; Deloitte; DHL Express Portugal; DPD; Eaton; eCooltra; EDF Renewables Portugal; EDP; Efacec; El Corte Inglês; EMEL; Epal; EY; Fujitsu; Fundação Salesianos; Galp; Grupo Ageas Portugal; Hertz; IKEA Portugal; Imprensa Nacional Casa da Moeda; Infraestruturas de Portugal; Kia Portugal; Logistema; Lojas Francas de Portugal, S.A.; Loyal Advisory; Mercedes-Benz Portugal; Metropolitano de Lisboa E.P.E.; Millennium bcp; Nissan Portugal; PwC; Repsol; Rodoviária de Lisboa; Santander; Schneider Electric; SGS Portugal; Siemens; Siva; Tecnoplano; TIS; TramGrid; Uber e Vodafone. A este grupo poderão juntar-se outras no futuro.