Leonardo DiCaprio e Google lançam mapa virtual da pesca comercial no mundo
O ator norte-americano Leonardo DiCaprio anunciou na última quinta-feira, dia 15 de setembro, o lançamento de um site, o Global Fishing Watch, que permite acompanhar todos os grandes navios pesqueiros comerciais do mundo quase em tempo real. Com esta nova ferramenta, o ator espera assim, poder contribuir para a proteção dos oceanos cada vez mais frágeis e ameaçados pela pesca ilegal.
A ferramenta gratuita, disponível no site www.globalfishingwatch.org, resulta de uma parceria entre o Google e as organizações Oceana e SkyTruth, com o apoio da fundação Leonardo DiCaprio e outras associações dedicadas à conservação ambiental.
“Espero que isto encoraje cidadãos de todo o mundo para que se tornem poderosos ativistas”, disse DiCaprio durante a 3ª Conferência Internacional Our Ocean, que começou hoje e termina amanhã em Washington.
O vencedor do Óscar, que há anos promove a luta contra as alterações climáticas, sublinhou ainda que as “medidas inovadoras” são a única forma de salvar o oceano, que “já não pode suportar o nível de contaminação” ao qual está exposto pela ação humana.
“Não haverá maravilhas para descobrir no oceano por parte dos nossos filhos e netos se não nos obrigarmos a ser mais audazes e tomar medidas agora para proteger os nossos mares antes que seja tarde demais”, referiu o ator.
O mapa virtual lançado na última semana mostra “a aparente atividade pesqueira de 35 mil navios pesqueiros comerciais que operam no mundo todo” em tempo “quase real”, e será atualizado regularmente para mostrar novas embarcações e refletir a atividade pesqueira desde 2012, segundo um comunicado divulgado pelas organizações envolvidas.
Esta aplicação alimenta-se de dados públicos do Sistema de Identificação Automática (AIS), recolhidos por terra e por satélite, e que demonstra para onde se dirigem os navios pesqueiros.
DiCaprio declarou que ao filmar um novo documentário sobre alterações climáticas, “Before The Flood”, pôde comprovar como nos recifes de coral das Bahamas não há “nem um só peixe à vista, é um cemitério”. “Esse é o estado da maioria dos recifes de coral do mundo, são ecossistemas que destruímos”, lamentou.