Laboratórios Colaborativos com impacto direto na criação de emprego qualificado
Em 2021, existiam em Portugal 35 Laboratórios Colaborativos (CoLAB) reconhecidos em áreas estratégicas como Saúde, Energia e Sustentabilidade, Transformação Digital e Agroalimentar. Estando distribuídos por todo o território nacional, contribuem para a valorização do interior do país, agregam 295 entidades parceiras, nomeadamente 173 empresas e 122 entidades não empresariais, incluindo instituições de ensino superior, centros de investigação, associações e parceiros locais.
Segundo dados da Agência Nacional de Inovação (ANI), que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB, as empresas representam agora 58,6% dos associados (mais 12,6% que em 2020), resultado de um reforço da sua representação nestas estruturas. Destas empresas, 91 são Pequenas e Médias Empresas.
Os Laboratórios Colaborativos estiveram juntos no 3º Encontro Anual, que terminou na passada quarta-feira, 7 de dezembro, onde estiveram a apresentar alguns resultados e tecnologias inovadoras desenvolvidas, bem como discutir desafios societais para os quais procuram dar respostas.
Os CoLAB estão distribuídos por todo território nacional, com predominância na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%). Em 2022, foram reconhecidos mais seis laboratórios colaborativos, refere a ANI:
De acordo com o 3º Relatório de Acompanhamento “Laboratórios Colaborativos – Evolução e integração em Portugal e na Europa”, desenvolvido pela ANI, os CoLAB têm vindo a reforçar a sua participação em programas competitivos, tendo aumentado 2,5 vezes a captação deste tipo de financiamento.
“Em 2021, foram os laboratórios na área dos Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade que contrataram um maior número de colaboradores qualificados e que também registaram um maior volume de vendas”, refere o relatório, dando nota que, “na área Agroalimentar registou-se um maior número de clientes”.
De acordo com a ANI, a aposta do Governo no apoio à criação de Laboratórios Colaborativos tem não só contribuído para a “diversificação das entidades que compõem o Sistema Nacional de Inovação”, como tem “fortes implicações na criação de emprego altamente qualificado”. Os Laboratórios Colaborativos já contribuíram para a “criação direta de 639 (um crescimento de 13,7% face a 2020), 32% dos quais doutorados, o que corresponde a 107% do objetivo para 2022”, destaca o relatório.
Para Joana Mendonça, presidente da ANI, os CoLAB se têm revelado uma oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional: “Se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e deles estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados são um forte incentivo para continuar a apostar”.