37% dos jovens portugueses e 35% dos jovens europeus consideram que a economia circular é importante, nomeadamente, os jovens portugueses que vivem com os pais (41%) e com estudos superiores (41%). A conclusão é de um estudo internacional do Observador Cetelem “Ser jovem hoje: que caminhos para a independência”, realizado junto de jovens dos 18 aos 30 anos, de seis países europeus (Portugal, Bélgica, República Checa, Itália, Roménia e Reino Unido).
Olhando à importância do tema nos vários países onde foi realizado o inquérito, o que se verifica, segundo o estudo partilhado num comunicado, é que os jovens italianos são os que estão mais atentos à importância da economia circular (38%), seguindo-se os jovens romenos (37% – como Portugal). Os jovens belgas são os menos interessados no tema (30%), assim como os ingleses (31%), lê-se no mesmo comunicado.
Já a preocupação dada à economia circular traduz-se em números relevantes no combate ao desperdício e que vão ao encontro da sustentabilidade, com “93% dos jovens portugueses, sobretudo do sexo feminino (96%), a procurarem reduzir o desperdício”, revela o estudo.
No entanto, os jovens também demonstram alguma incoerência. Apesar de se preocuparem com as questões ambientais (97%) e de considerarem que a economia circular é importante, “78% dos jovens portugueses (mais 6 p.p. que a média europeia) admitem que consumiriam mais se tivessem mais dinheiro”, precisa o estudo.
Se tiverem a oportunidade de escolher, os jovens preferem comprar a maioria dos produtos novos, em vez de optarem pela compra em segunda mão. Uma das únicas exceções acontece quando se trata de comprar um carro (67% dos jovens portugueses vs. 59% dos jovens europeus preferem comprar em 2.a mão). A nível europeu, o estudo revela que os jovens belgas e os ingleses tendem a ser mais propensos a escolher produtos em segunda mão.