A estratégia está definida: a partir do próximo ano, a Câmara Municipal de Lisboa vai apostar em mostrar a crianças, jovens e idosos como atuar em caso de sismo para tornar mais eficaz a reação da capital, no futuro, a um terramoto, avança o Diário de Notícias. A aposta, que parte do princípio de que serão estas faixas etárias a transmitir mais facilmente a mensagem aos restantes adultos residentes na cidade, surge depois de a autarquia ter aprofundado os contactos com o Hyogo Research Institute, uma unidade de investigação japonesa dedicada ao estudo de questões reveladas pelo sismo que, em 1995, abalou a quinta maior cidade nipónica, Kobe, matando mais de seis mil pessoas.
Atingido por cerca de 1500 tremores de terra por ano, aquele país é considerado uma referência ao nível da prevenção de catástrofes naturais e irá agora ajudar Lisboa – que ontem assinalou o 260.º aniversário do terramoto de 1755 , que atingiu 8,5 na escala de Richter e que devastou a cidade – a preparar-se para fazer face a um sismo de larga escala, tido como certo num futuro mais ou menos próximo.