Já há uma nova versão do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo
A ANP|WWF, a Universidade de Évora e a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) apresentaram esta semana o PSVA2.0, a nova versão do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, com o objetivo de os produtores aderentes – que representam já 58% da área total de vinha do Alentejo – possam, através da utilização mais responsável dos recursos necessários à cultura das vinhas, tornar a produção mais resiliente e adaptada às condições naturais, no fundo, “manter o Alentejo tal como o conhecemos e, independentemente do passar dos anos, garantir que os vinhos têm a mesma qualidade, sem comprometer o ambiente e respondendo da melhor forma possível às crescentes pressões derivadas das alterações climáticas”, afirma João Barroso, coordenador do programa de sustentabilidade.
A revisão do PSVA foi feita sob um olhar atento para vertentes como a biodiversidade, pesticidas, clima e água e a nova versão passa agora a incluir dois novos capítulos, perfazendo um total de 20. Acrescentou-se uma secção destinada à “Resiliência e adaptação às alterações climáticas”, na qual se podem encontrar variáveis como medidas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, ou a avaliação da necessidade de água ou a pegada de carbono, e incluiu-se um capítulo sobre “Economia Circular”, onde se destacam questões relacionadas com materiais e equipamentos ou com subprodutos e resíduos de vinificação.
Apesar de mantidos os 171 critérios de avaliação, 74% foram melhorados e foram incluídos 29 novos itens, dando-se destaque a variáveis como o uso de castas mais resilientes e de diversidade genética, a eficiência dos fatores de produção, a promoção do consumo responsável de vinhos junto dos consumidores, a equidade salarial entre géneros e o contributo para a inserção social de pessoas com deficiência.
O programa integra já 639 membros, sendo um fator de diferenciação dos Vinhos do Alentejo, tanto para o mercado interno, uma vez que a região é pioneira no caminho para a sustentabilidade, como ao nível internacional, onde as práticas sustentáveis são cada vez mais valorizadas por mercados como os Estados Unidos, Canadá, Suécia, Noruega e Finlândia.